Bistrô da Poesia
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Meu Diário
19/10/2010 18h35
Dilma x Serra, uma análise sem sectarismo
Recebi por e-mail e estou repassando com o recado inclusive:



Prezado Raymundo.
Parabéns pela bela análise isenta e por distribuí-la, no intuito de nos mostrar que a Neutralidade não pode existir.
Lutamos muito para conseguir esse Direito de Voto.
Nada na Natureza é igual, portanto escolhamos. E aí estão os fatos comparativos, sem picuínhas, ofensas ou jogo baixo que temos visto ultimamente.
Repasso, com orgulho.
Cesar Porto


Tentando um análise sem sectarismo da opção DILMA x SERRA
 
Em primeiro lugar devemos saudar o Brasil pela opção. São duas pessoas corretas, preparadas, com histórico de dedicação à causa pública. Como escolher entre elas, que critério adotar? Apresento a seguir a linha que adotei para justificar minha escolha.


Pessoas corretas
Por mais que tenha caído o nível das colocações nesta campanha, das mais caluniosas de que me recordo, não há acusações à honestidade dos dois, no máximo havendo ataques a auxiliares dos dois, fato de que ninguém está livre, tanto que há acusações, neste sentido, a ambos.


Pessoas preparadas
Serra foi para o exílio no Chile, onde estudou e lecionou economia, com livros publicados, tornando-se um economista respeitado. De volta ao Brasil, foi deputado constituinte com desempenho destacado, além de ter sido eleito senador, posição da qual se afastou para assumir o Ministério do Planejamento e, posteriormente, o da Saúde nos governos do Fernando Henrique, sempre com competência reconhecida. Posteriormente foi Prefeito da Cidade de São Paulo e, por seus méritos, foi eleito Governador do Estado, com desempenho de muita competência.
Dilma, ainda jovem,  foi a primeira mulher a assumir a secretaria de finanças da Prefeitura de Porto Alegre, governo Collares, tendo posteriormente, por seus méritos, assumido a Secretaria Estadual de Minas e Energia do Estado do Rio Grande do Sul. Participou da elaboração do Programa de Energia das Campanhas do Lula e, uma vez eleito, ele a chamou para ser a primeira mulher Ministro de Minas e Energia e Presidente do Conselho da Petrobras, passando a frente de diversos PhDs que ajudaram a fazer o Programa de Governo. Seu desempenho foi tal que, quando a crise no primeiro governo levou ao afastamento do Dirceu, ela é chamada para a Chefia da Casa Civil e coordenadora de todos os Ministérios, com desempenho excelente e uma das razões do sucesso do atual governo. Basta comparar o governo Lula sem Dilma na Casa Civil com o Governo Lula com Dilma que logo sobressaem sua competência e preparo.
São, portanto, duas pessoas preparadas para assumirem a Presidência da República.


Dedicação à causa pública
Serra, desde jovem, se torna líder estudantil e daí, por sua competência, Presidente da UNE. Com o golpe militar é obrigado a se exilar, indo para o Chile. De volta ao Brasil, mantem-se na vida pública, com diversos mandatos, não se limitando simplesmente a uma vida universitária.
Dilma, jovem ainda, se integra à resistência clandestina na luta contra a ditadura, sendo presa, barbaramente torturada e com exemplar comportamento, preserva a vida dos companheiros de luta. Com a democracia, mantem-se ligada à esquerda, assumindo importantes cargos na vida pública, como citado acima.
São, portanto, duas pessoas dedicadas à causa pública.


Denúncias de corrupção
Considero a questão da corrupção gravíssima. Ela tem acompanhado nossa política há séculos. Denúncia de corrupção tem acompanhado todos os governos de que me lembro.
Por minha idade, lembro-me do chamado “mar de lama”, expressão que o Carlos Lacerda, líder da direita e do golpe de 64, usava contra Getúlio Vargas. Acusações semelhantes foram usadas contra Juscelino. O Golpe de 64 martelava que tinha vindo para combater a corrupção e o comunismo. No bojo dessa bandeira, muita gente ficou rica. Portanto, tenho receio do uso simplista da denúncia de corrupção, pois serve para esconder escândalos maiores. Lembro-me de um grande amigo, conservador inclusive, que dizia que essa bandeira frequentemente era usada para combater a corrupção no varejo, enquanto esquecia-se da corrupção no atacado.
Devemos condenar a corrupção grande ou pequena, mas não devemos desviar a atenção de grandes questões no denuncismo sem bases, por mais simpática que seja, à população, a acusação escandalosa.
No caso desta eleição, há denúncias de corrupção em todos os últimos governos, seja no de FHC (denúncia de compra de votos para a reeleição, entre outras) seja no de Lula ( o mensalão, entre outros). Não creio que tenha havido mais corrupção no Governo Lula. Houve, sim, mais exposição de fatos, mais transparência, o que é muito bom. Houve também, toda uma grande imprensa, contra Lula, que buscava encontrar, e muitas vezes encontrava, irregularidade de maior ou menor monta e dava a eles expressão suficiente, buscando enfraquecer o governo Lula.
Portanto, não considero que a escolha se deva fazer simplesmente pelo nível de corrupção, até porque cada lado mostrará que houve mais no outro governo. Essa discussão tende a despolitizar a decisão de cada um.


Política de Alianças
É comum que a escolha se dê em função de quem apoia quem. Aí também é difícil a escolha. Na primeira campanha de Serra, seu vice era do PMDB, hoje, o vice de Lula é do PMDB. Dilma é apoiada por Sarney e Collor ao passo que Serra é apoiado João Agripino e Cesar Maia. Hoje o PMDB está com Lula, enquanto o PFL (DEM) está com Serra. Renan Calheiros está com Lula e Roberto Jefferson está com Serra. Essas alianças são fruto da falta de nitidez ideológica em nossos partidos. Na verdade, todos gostariam de ter o PMDB como vice, pela estrutura capilar do PMDB em todo o país.


Como escolher
Em primeiro lugar, não sou psicanalista, não sou amigo pessoal de nenhum dos dois candidatos, não os estou convidando para tomar chopp nem jantar na minha casa. Quero escolher o melhor para ser Presidente do Brasil.
Neste ponto fico com o clássico que afirma: “ você é você e suas circunstâncias”.
Dilma é Dilma e suas circunstâncias. Serra é Serra e suas circunstâncias.
É preciso olhar e ver o que envolve cada candidatura, politicamente; olhar as circunstâncias de cada candidatura.
Em torno de Serra, com peso em sua campanha, vejo Paulo Renato, que foi horrível para as universidades públicas brasileiras; vejo Alkmin, ligado ao setor mais reacionário e conservador da igreja; vejo o PFL (DEM) que representa o que há de pior nos velhos caciques políticos brasileiros. Vejo, também, bons quadros como Marcello Cerqueira, antigo advogado de presos políticos; Luiz Henrique, ex-governador de Santa Catarina, um dos bons nomes do PMDB, que se afastaram pelo sectarismo do PT local, entre outros.
Em torno de Dilma, vejo José Dirceu, que decepcionou profundamente, depois de ter sido uma esperança; vejo Pallocci e Meireles que, elogiados pelos conservadores, mantiveram uma política de juros altos, que concentra a riqueza e ameaça desindustrializar nosso país; vejo o PMDB que sem ser um PFL, tem também muitos quadros do velho caciquismo político. Vejo, também, excelentes quadros como Leonardo Boff; Hermann Baeta, ex-presidente da Ordem dos Advogados; Eduardo Campos, reeleito Governador de Pernambuco; Tarso Genro, novo Governador do Rio Grande do Sul, entre outros.
Olhando esse quadro, preciso escolher, tendo clareza de que não escolho entre os puros e os impuros, entre os bons e os maus. Minha escolha se baseará na visão política que tenho dos rumos que cada um deve impor ao Brasil.
Vou pegar três pontos emblemáticos para mostrar a construção de minha decisão.


Política Externa
Talvez seja dos pontos mais polêmicos do Governo Lula e por isso vou começar por ele.
Neste governo Lula, o Brasil fortaleceu seus laços com a América Latina, a África e os países em desenvolvimento, como a China, Índia e mesmo a Rússia.
O fortalecimento do G20, no lugar do G8, incluindo países em desenvolvimento é trabalho do Brasil. A Alca representava a ameaça, para o Brasil entre outros, de nossa desindustrialização, a exemplo do que ocorrera com o México, a partir da Nafta. O enterro da Alca foi trabalho do governo brasileiro. Os governos progressistas da América Latina têm encontrado no governo Lula forte apoio, buscando construir relações novas, evitando os perigos de um neocolonialismo. Por trás dessa postura há um grande diplomata brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães, que no governo FHC esteve no ostracismo.
Sem dúvida houve grandes avanços em nossa política externa, com a conquista de novos mercados, reduzindo a dependência comercial com os EUA, ampliando as relações com a China e muito mais. As posturas do Brasil, tentando ser um elemento importante na luta pela Paz devem também ser enfatizadas, por mais que isso irrite os que bajulam as posturas imperialistas dos EUA.


Petrobrás
Houve, sem dúvida, um grande fortalecimento de nossa maior e mais querida empresa, nestes governos Lula. É inegável que nos governos FHC se tentou, sem êxito, iniciar um processo de privatização da Petrobrás. A tentativa de mudar o nome para Petrobrax foi algo simbólico no rompimento da mística da empresa; fracassou pela resistência da população.
Nos leilões das novas áreas, instituídos nos governos FHC e, infelizmente, mantidos nos governos Lulas, o Brasil oferecia aos vencedores dos leilões a propriedade do petróleo achado. Isso mesmo, quem achasse petróleo seria dono dele. Muitos desses leilões se davam em áreas já estudadas pela Petrobrás, reduzindo os riscos da exploração. Pela iminência da crise do petróleo, as grandes empresas estão sedentas de novas áreas, novas reservas. A Petrobras, nos governos FHC, estava reduzindo sua participação nesses leilões, enquanto as multinacionais do setor aqui desembocavam com carga total. Isso representava o enfraquecimento da Petrobrás e sua preparação para ser privatizada. Esse fato é amplamente conhecido na área, sendo muito mais importante que eventuais declarações de desejo de privatizar ou não. A vitória de Serra e suas circunstâncias reavivará essa política dos governos FHC. Em risco a Petrobras.


Telecomunicações
Tem sido alardeado, diariamente, que os celulares são fruto das privatizações dos governos FHC. Não tivesse havido as privatizações e o Brasil estaria usando os caríssimos telefones fixos, de triste memória.
Nada mais longe da verdade!!! Os celulares explodiram no mundo todo. Hoje, sem qualquer FHC, há celulares em Uganda, Moçambique, China, Índia, Equador, Bolívia, África do Sul, Egito, Nigéria ...
Os celulares são resultado dos enormes avanços tecnológicos na área da microeletrônica. Aí estão os microcomputadores, as agenda eletrônicas, a Internet, os telefones celulares, entre tantos outros novos produtos que surgem a cada dia. Espero que eles não sejam apresentados como resultado das privatizações dos governos FHC.
Não cabe historiar todo um processo, mas antes das privatizações, as telefônicas públicas ficaram impedidas de investirem. A elas eram negados financiamentos ou mesmo liberdade de ação, com o objetivo claro de enfraquecê-las, a exemplo do que se tentava, sem êxito, na Petrobras.
Que se privatizassem as celulares nas pontas, não haveria problema, isso não seria estratégico para o Brasil. A companhia celular de São João de Deus me Livre poderia ser privada, mas nunca a Embratel que representava a espinha dorsal do sistema de telecomunicações e possuía os satélites que eram fundamentais para o Brasil, visto globalmente.
Foi-se tudo e o Brasil passou a ter um CPqD de Campinas desmotivado, enfraquecido, as tecnologias vindo de fora e nos tornando usuários de caixa preta.
Na área de petróleo foi o oposto, pois o CENPES, da Petrobras, é motivo de admiração em todo o mundo pela vanguarda tecnológica que representa. Nas telecomunicações perdemos essa batalha, fruto de uma privatização sem critério, fruto da falta de uma visão estratégica para o Brasil, como tem a Petrobrás.


Conclusões
Longe de mim, pretender fazer uma análise neutra; não há neutralidade na política. Sempre carregamos nossa visão de vida, nossas histórias.
Poderia terminar citando outros exemplos pouco apresentados, como os investimentos dos governos Lula nas universidades públicas, abandonadas pelos governos FHC. Nas áreas de ensino técnico, creio que estão sendo mostradas, e bem, as conquistas atuais.
Essas são algumas das razões para eu ver uma distinção nítida entre as propostas e as possibilidades de avanços, independente do estudo do caráter dos candidatos, que me parecem, ambos, pessoas sérias e com boas intenções.
Escolho Dilma, por ela, pelo histórico dos governos e pelas condições que a cercam.
Por tudo isso, voto na DILMA.


E eu também...

Akasha

Publicado por Akasha De Lioncourt
em 19/10/2010 às 18h35
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
10/10/2010 00h18
Maria Rita Kehl: Os bastidores de sua demissão pelo Estadão | Viomundo - O que você não vê na mídia
 
 
8 de outubro de 2010 às 9:16
por Conceição Lemes

Maria Rita Kehl é psicanalista, ensaísta e cronista. Tem seis livros publicados. O mais recente, O Tempo e o Cão, foi lançado em 2009, pela Boitempo. Nele, aborda o significado da depressão como sintoma psíquico da sociedade contemporânea.
Formada em psicologia pela USP, durante muitos anos se dedicou exclusivamente ao jornalismo cultural. Foi editora do Movimento jornal que, ao lado do Opinião e d’O Pasquim, foi um dos mais importantes órgãos da imprensa alternativa durante o regime militar. Participou também da fundação do jornal Em Tempo e escreveu como freelancer para veículos, comoVeja, Isto É e Folha de S. Paulo.
Em 1979, Maria Rita decidiu fazer mestrado em psicologia social. Sua tese: O Papel da Rede Globo e das Novelas da Globo em Domesticar o Brasil Durante a Ditadura Militar.
Em 1981, começou a atender pacientes — e nunca mais parou. Em 1997, doutorou-se em psicanálise pela PUC-SP com uma pesquisa que resultou no livro Deslocamentos do Feminino – A Mulher Freudiana na Passagem para a Modernidade (Imago, 1998).
Nos últimos oito meses,  manteve uma coluna quinzenal no Caderno 2, em O  Estado de S. Paulo. Nessa quarta-feira, ela 
foi demitida depois de ter escrito o artigo Dois Pesos, publicado no último sábado (2), onde abordou a “desqualificação” dos votos dos pobres.
Em entrevista na manhã de quinta-feira (7) a
Bob Fernandes, da Terra Magazine, ela denunciou.
– Fui demitida pelo jornal o Estado de S. Paulo pelo que consideraram um “delito” de opinião (…) Como é que um jornal que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?
Em entrevista ao Viomundo, Maria Rita detalha os bastidores.

Viomundo – Na terça-feira, começou a circular na internet boatos de sua demissão. Antes, em algum momento, você foi alertada sobre “problemas” com os seus textos?
Maria Rita Kehl – Nunca. Foi o que eu argumentei com a editora do Caderno 2, que me convidou para escrever a coluna.  Na verdade, ela me chamou para escrever sobre psicanálise. Argumentei que só sobre psicanálise conflitava com o meu consultório. De vez em quando, disse-lhe, poderia escrever sobre o tema, mas eu gostaria mesmo era de escrever sobre tudo, inclusive política, assunto que me interessa muito. Ela aceitou.

Viomundo – Essa conversa foi…?
Maria Rita Kehl – No final do ano passado, mas eu só comecei a escrever em fevereiro deste ano. Aí, fui escrevendo. Cada vez mais sobre política, pois ficando cada vez mais apaixonante. Eu já fui jornalista, tenho uma cabeça muito política também…
Após cada artigo, eu sempre perguntava: “E, aí, tudo bem?” Ela: “Tudo bem”.
Desta vez foi engraçado porque eu perguntei: “Tudo bem? Será que eles não vão pedir a minha cabeça?”. A resposta que veio: “Não vão, pode ficar tranqüila.” Eu fiquei. Imagino que a editora não iria me enganar…

Viomundo – Quando soube dos “problemas” com os seus artigos?
Maria Rita Kehl – Na terça [5 de outubro]. Recebi um telefonema muito constrangido  de que a coisa tinha ficado muito feia….cartas de leitores estavam reclamando muito da minha presença no jornal…. tinha gente do Conselho Editorial muito enfurecida… a situação estava muito difícil. Ela lembrou de que a ideia inicial era que eu escrevesse sobre psicanálise…
“Bem, posso tentar escrever mais sobre psicanálise… Mas nunca mais escrever sobre política, isso não, isso eu não aceito”.  Até porque o período em que o tema é mais polêmico é agora, depois relaxa…
Ela disse que iria conversar novamente com o Gandour [Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estadão], que eu não conheço pessoalmente.
Aí, aconteceu uma coisa que eu não sei explicar, é um mistério. Mas acho que partiu de dentro do jornal, de alguém que ouviu essa conversa. Uma hora depois já tinha gente me ligando, para saber se eu tinha sido demitida.

Viomundo – O que a leva a suspeitar de que alguém do Estadão tenha passado a informação adiante?
Maria Rita Kehl — Foi um detalhe da nossa conversa [entre a editora e Maria Rita]. Só alguém de dentro do jornal, que tinha ouvido a editora conversar comigo, tinha a informação… Tanto que o boato foi de que eu “estava proibida de escrever sobre política, só poderia escrever sobre psicanálise”.

Viomundo – Você pensou em divulgar?
Maria Rita Kehl – Eu não tinha nenhum interesse em começar a divulgar, enquanto não tivesse a resposta. Eu não poderia criar um escândalo sem antes conhecê-la.
Acredito que ficou para eles [direção do jornal] a impressão de que fui eu que fiz toda a movimentação na internet. Até quis tornar público. Não fiz. E não porque sou boazinha. É porque não tinha nenhum interesse em divulgar antes de ter a resposta final do jornal.
Nessa quarta [6], depois da reunião que a editora teve com o Gandour, veio a resposta.  Gandour disse que por conta da repercussão, a minha posição havia ficado insustentável, intolerável.

Viomundo – A repercussão na rede da sua demissão foi apenas pretexto…
Maria Rita Kehl – É, a coisa já não estava boa. E por ter tido muita repercussão, ficou, segundo o jornal, insustentável. É como se eu tivesse organizado uma passeata petista na frente da redação com bandeiras vermelhas, com ameaça de exigências.
A minha demissão virou top10 do twitter. Eu não esperava. Fiquei atônita. Virou um acontecimento. A minha coluna era quinzenal… Eu não sou Jânio de Freitas nem nada…O fato é que virou um acontecimento na internet com muitas acusações contra o Estadão.

Viomundo – O seu trabalho foi censurado, concorda?
Maria Rita Kehl – A palavra censura não é boa. No meu conceito, censura seria você não pode escrever sobre isso ou aquilo, corta uma linha aqui, outra ali…  O que o meu caso demonstrou é que o jornal não permite uma visão diferente da do jornal nas suas páginas. É isso. Essa é dita imprensa liberal.
As grandes empresas que controlam a informação no país estão nas mãos de poucas famílias… Teoricamente seriam imparciais, dando voz ao outro lado, só que elas têm um posicionamento muito claro de que não são imparciais. Veja o meu caso. O meu artigo é assinado, não estou falando pelo jornal. Mas nem isso cabe.

Viomundo – Na verdade, os grandes veículos se dizem imparciais, alardeiam isso para a sociedade, só que a prática é oposta…

Maria Rita Kehl — Eu acho honesto que o jornal assuma uma posição. É pior dizer que é imparcial e dar a notícia só com um lado. Isso confunde muito mais o leitor.
É pena que não tenha gente com dinheiro suficiente para apoiar outros candidatos. …Um grande jornal que apóie a Dilma, um grande jornal que apóie a Marina, um grande jornal que apóie o Plínio…
Na verdade, todos os jornais estão apoiando o mesmo candidato. Esse é o problema da política brasileira, da burguesia brasileira, da concentração do dinheiro na sociedade brasileira… Os donos dos jornais são parciais, mesmo… Ninguém é imparcial. Mas, para que os leitores sejam adequadamente informados e se posicionem, é fundamental ter o outro lado. Infelizmente, o que os donos dos jornais revelam é que não cabe voz a outra posição, nem mesmo em artigos assinados.  Que liberdade de expressão é esta?

Publicado por Akasha De Lioncourt
em 10/10/2010 às 00h18
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22/09/2010 13h47
Você é O CARA

DESCULPEM-ME OS NAO-LULAS MAS COMO RECEBO MUITOS EMAILS IRONIZANDO E FALANDO HORRORES DELE ACHO QUE TENHO O DIREITO DE ENVIAR UM UNICO E-MAIL QUE FALE BEM DESSE MARAVILHOSO "ANALFABETO".
 
de Pedro Lima (Economista e Professor da UFRJ):
 
Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares]. 

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a previdência como queria FHC.
 
Lula, que não entende de psicologia, levantou  o  moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo.
 
Embora o PIG-Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não. 

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, 
reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta].
 
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20]. 

Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista.
Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc.
 
Bobo que é, cedeu a tudo e a todos. 

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora.


 

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis. 

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir; 
hoje o PAC é um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos]. 

Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais; 
é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...]. 

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com 
Barack Obama. 

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador;.. é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor-Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...]e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio 
Sam lá, nos "States". 

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é autor da maior mudança geopolítica das Américas na história. 

Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal. 

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil. 

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo,
 já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada;..
 
é bem melhor que todos os outros...!


Pedro Lima *  
Economista e professor de economia da UFRJ


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Akasha De Lioncourt

Publicado por Akasha De Lioncourt
em 22/09/2010 às 13h47
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27/07/2010 21h14
Um homem Inteligente Falando das Mulheres (Luis Fernando Veríssimo)
Um homem Inteligente Falando das Mulheres
 
(Luis Fernando Veríssimo)
                                                                            
 
O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.   Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de autosobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
                                                                            
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
                                                                            
Habitat.
                                                             
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada   diariamente. 
                                                    

                                                                            
Alimentação correta.
                                           
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro.    Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.                 
                                                                            
Flores.
                                                         
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.     
                                                                           
Respeite a natureza.
                                                 
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.                             
                                                                           
Não tolha a sua vaidade.
                                                
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apóie.  
                                                                 

                                                                           
Cérebro feminino não é um mito.
                                         
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram! ). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.  
                                                             

                                                                           
Não faça sombra sobre ela.
                                             
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé na bunda. 
                     
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.                                 
                                                                            
E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. 
         
Só tem mulher quem pode!   

(Recebi por e-mail sem autoria, pesquisando na net encontrei sites que citavam Veríssimo como autor, se alguém souber de algo a respeito, por favor, contate-me)
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 27/07/2010 às 21h14
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08/07/2010 23h10
"Xecápi" do Mineiro (recebi via internet)
Só pra gente rir um pouco...........
Xecápi do mineiro
 
O Seu Antônio, aproveitando a viagem a Belzonte, foi ao médico fazer um 'xecápi'. 
Pergunta o médico:
- Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos. 
- E eu disse ter 40 anos?
- Quantos anos o senhor tem?
- Fiz 57 em maio que passou.
- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?
- E eu disse que meu pai morreu?
- Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?
- O véio tem 81.
- 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?
- E eu disse que ele morreu?
- Sinto muito. E quantos anos ele tem?
- 103, e anda de bicicleta até hoje.
- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?
- E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem.
- Agora já é demais! - Diz o médico revoltado. - Por que um homem de 124 anos iria querer casar?
- E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, mas ele engravidou a moça...

 
 
- Eiiiiitaaa
 
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 08/07/2010 às 23h10
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