Bistrô da Poesia
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Meu Diário
19/05/2008 00h20
INTERNET: Um Alerta para Você que tem ou não tem Filhos!
Pessoal, eu selecionei esse texto para começar com uma série de materiais a respeito de segurança e navegação na internet. Há muitos jovens e muitos pais que navegam e não sabem com quem seus filhos costumam conversar e isso é sério... há gente de todos os tipos por trás dessas máquinas e nós não temos bolas de cristal para nos alertar quando um deles não é confiável. O melhor é ficarmos de olho e mantermos sempre um bate papo muito franco com os filhotes a respeito dos amigos virtuais pois pedofilia se disfarça de adolescente para roubar a nossa paz e o equilíbrio emocional dos nossos jovens e crianças. E não são apenas os pedófilos, há também muitos seres do mal que se aproveitam para aplicar verdadeiros golpes achando-se protegidos pela frieza do monitor ou mesmo pela precariedade das nossas leis... portanto, cabe a nós, membros ativos da sociedade fazermos a nossa parte: vou pesquisar temas diversos e postar aqui sempre que algum interessar e espero sinceramente que vocês ajudem a divulgar. Por enquanto, fiquem com este aqui:

INTERNET: Um Alerta para Você que tem ou não tem Filhos!


Maria podia ouvir passos seguindo-a quando ela voltava da escola para casa.
A idéia de estar sendo seguida acelerou as batidas do seu coração. "Você é uma tola" - ela disse a si mesma - "ninguém está seguindo você". Para ficar a salvo, ela começou a andar mais depressa, mas os passos acompanharam os seus. Ela temia olhar para trás e ficou feliz por estar já quase em casa.
Maria rezou baixinho: "Deus, por favor, faça-me chegar a salvo em casa".
Ela viu acesa a luz de sua varanda e correu o resto do caminho para casa.
Já lá dentro, ela se recostou na porta por um instante, aliviada por estar na segurança do lar. Ela deu uma espiadinha na janela para ver se havia alguém lá fora. A calçada estava vazia. Depois de largar seus livros sobre o sofá, ela resolveu entrar só um pouquinho na Internet. Ela usou seu nickname ByAngel213, checou sua lista e viu GoTo123 on line.

Ela então enviou a ele uma mensagem:

ByAngel213: Oi, estou contente que vc esteja on line! Eu pensei que estava sendo seguida quando vinha pra casa hoje. Foi terrível!
GoTo123: Uau, você anda vendo muita TV. Por que alguém ia te seguir? Vc não mora num lugar seguro?
ByAngel213: Claro que moro. Eu acho que foi minha imaginação, porque eu não vi ninguém quando eu espiei.
GoTo 123: Você deu seu nome aqui na Net?
ByAngel213: Claro que não! Eu não sou idiota, vc sabe muito bem...
GoTo 123: Vc jogou handball depois da escola hoje?
ByAngel213: Joguei, e nós ganhamos!!!!!!
GoTo 123: Legal! Contra quem vcs jogaram?
ByAngel213: Contra O Colégio Gama Netto. Caramba, o uniforme delas era o máximo. Eles pareciam abelhas.
GoTo 123: Como se chama o seu time?
ByAngel213: Nós somos as Gatas do Santa Rosa. Nós temos patas de tigre pintadas nos nossos uniformes.
GoTo 123: Vc lança?
ByAngel213: Não, eu sou da defesa. Agora eu tenho que ir. Tenho que fazer o dever de casa antes de meus pais chegarem. Eu não quero levar bronca deles.
Bye.
GoTo 123: Te vejo mais tarde. Bye.

Enquanto isso...

GoTo123 foi ao menu do computador e escolheu a função que queria. Imprimiu toda a conversa. Pegou uma caneta e escreveu embaixo tudo o que ele sabia sobre Angel mesmo distante dela.
Nome dela: Maria
Nascimento: 29 de novembro de 1990
Idade: 14 anos
Estado em que mora: Rio de Janeiro
Hobbies: handball, dança, bike e ir ao shopping.
Além disso, ele sabia que ela morava na Barra porque ela havia dito a ele.

Ele sabia que ela ficava sozinha em casa até 6:30 da noite todo dia, até que os pais chegassem do trabalho. Ele sabia que ela jogava handball nas tardes de quinta-feira no time da escola, e o time se chamava Gatas do Santa Rosa.
Seu número favorito era 7 e ela o tinha pintado na camisa. Ele sabia que ela estava na oitava série na Colégio Santa Rosa. Ela havia contado tudo isto a ele durante as conversas que tinham on-line. Ele já tinha informações suficientes para encontrá-la, agora.

Maria não contou a seus pais sobre o incidente no caminho da quadra para casa naquele dia. Ela não queria que eles fizessem uma cena e impedissem que ela viesse sozinha a pé da escola pra casa. Pais são sempre exagerados e os dela eram mestres nisso. Afinal, ela já não era mais uma criancinha.
Talvez se ela tivesse irmãos e irmãs, seus pais não fossem tão superprotetores.
Na quinta feira, Maria já tinha esquecido os passos que a seguiram. O jogo estava correndo quando de repente ela sentiu que alguém a observava. Sua mente enviou um alerta. Ela saiu de sua posição de jogo para ver um homem que a fitava fixamente. Ele estava perto da grade e sorriu quando ela o olhou. Ele não parecia ameaçador e rapidamente ela o ignorou. Depois do jogo, ele se sentou numa mureta enquanto ela conversava com o treinador.

Ela o viu sorrir de novo quando passou por ele. Ele balançou a cabeça e ela sorriu de volta. Ele percebeu o nome dela nas costas da camiseta. Ele sabia que a tinha encontrado. Silenciosamente, ele caminhou a uma cautelosa distância atrás dela. Eram poucas quadras até a casa de Maria e depois que ele viu onde ela morava, ele calmamente retornou à quadra e pegou seu carro.

Agora ele tinha que esperar. Ele resolveu comer alguma coisa até chegar a hora de ir à casa de Maria. Ele foi até uma lanchonete e sentou lá até a hora de iniciar sua ação.
Maria estava no seu quarto mais tarde, naquele dia, quando ela ouviu vozes na sala. "Maria, venha cá", seu pai a chamou. Ele parecia zangado e ela não imaginava por que. Ela foi até a sala e viu o homem que estava antes na quadra, sentado no sofá. "Sente-se", disse seu pai, "este homem acabou de nos contar uma história muito interessante sobre você". Maria foi até a cadeira em frente ao sofá. O que ele poderia ter dito a eles? Ela nunca o tinha visto antes de hoje!
"Você sabe quem sou eu, Maria?" O homem perguntou. "Não", ela disse.
"Eu sou um policial e seu amigo virtual, GoTo123". Maria estava pasma. "Não pode ser! GoTo é um garoto da minha idade! Ele tem 14 e mora em Brasília!"

O homem sorriu. "Eu sei que eu disse isso a você, mas não é verdade. Veja, Maria, há um monte de gente na rede que se finge de crianças ou jovens. Eu fui um deles. Mas enquanto os outros querem achar jovens e fazer mal a eles, eu pertenço a um grupo que faz isso para proteger os jovens de gente perversa. Eu vim aqui ver você, para ensinar a você que é perigoso dar muitas informações a pessoas on-line. Você me contou o suficiente sobre você para tornar fácil a tarefa de encontrar você. Seu nome, sua escola, o nome de seu time de handball e a posição em que joga. O número e o nome na sua camisa fizeram tudo ainda mais fácil". Maria estava de queixo caído. "Você quer dizer que não mora na Barra?"

Ele riu. "Não, eu não moro em Brasília. Você achava que estava segura, pensando que eu estava muito distante, não é?” Ela aquiesceu. "Eu tinha um amigo cuja filha era como você. Só que ela não teve tanta sorte. O cara a encontrou e a matou brutalmente quando ela estava sozinha em casa. Jovens são orientados a nunca dizerem que estão sozinhos em casa, mas se esquecem de seguir estas regras quando estão on-line. Gente má encontra você, juntando uma informação aqui, outra ali, na Rede.

Antes que perceba, você já terá dado a eles o suficiente para encontrarem você sem que perceba que tenha feito isso. Eu espero que tenha aprendido uma lição com isso e não repita mais o que fez." "Tem minha palavra!" Maria prometeu solenemente. "Você vai contar aos outros sobre isso, para que eles fiquem a salvo também?” - “Eu prometo!"
Naquela noite Maria e seu pai e mãe se ajoelharam juntos e rezaram. Eles agradeceram a Deus por proteger Maria do que poderia ter tido um trágico final.

Fonte: Site Antidrogas - Reflexões

Beijos, meninos e meninas, tenham um lindo domingo

Akasha
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 19/05/2008 às 00h20
 
13/05/2008 11h42
Mães "Más" - Dr. Carlos Hecktheuer
Mães "Más"


Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado: aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão?

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: "Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar".

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês 2 horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo.

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata.

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.

Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa dela. Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "pais maus", tal como a nossa mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje:

Não há suficientes "Mães más"...

                  Dr. Carlos Hecktheuer (Médico Psiquiatra)
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 13/05/2008 às 11h42
 
05/05/2008 13h47
Faxina na Alma - Carlos Drummond de Andrade
Faxina na Alma

Carlos Drummond de Andrade


Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante, acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos.
Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.

Pois é... agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Um corte de cabelo arrojado, diferente?
Um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender: pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova, nesse mundão de meu Deus te esperando.
Está se sentindo sozinho? Besteira...
Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento".
Tem tanta gente esperando, apenas um sorriso teu, para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis, o mal humor vai comendo nosso fígado, até a boca fica amarga.

Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Ir alto, sonhe alto.
Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida.
Pensando assim trazemos para nós, aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos.
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da faxina mental.
Joga fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes: fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados... Jogue tudo fora.
Mas principalmente, esvazie seu coração, fique pronto para a vida, para um novo amor!
Lembre-se somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes. Afinal de contas, nós somos o "Amor"...
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.


Quantas vezes não precisamos fazer uma faxina na alma e recomeçar do zero para nos sentirmos fortes o suficiente para seguir adiante? Sejamos sim, do tamanho de tudo o que enxergamos e que nossa visão possa sempre olhar para o infinito, muito além da nossa altura, pois quando esmagamos nossa capacidade de crescer, matamos nossos sonhos, nossas esperanças e condenamos a nossa existência... que a catarse seja positiva, a faxina cumpra sua função e possamos ser sempre mensageiros de boas novas para nossa própria realidade! Esse é meu desejo para cada um de nós hoje e sempre!!

Beijos e meu carinho, hoje e sempre,

Akasha
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 05/05/2008 às 13h47
 
02/05/2008 01h50
Cultura do Medo - Vagner Dias

Cultura do medo

Todos os seres humanos têm condições de romper com o medo que, em geral, é impregnado em nossas crenças desde os primeiros momentos da infância.
Será que Deus joga dadinhos para fazer o homem? Será que Ele escolhe um dia para fazer campeões e outro dia para fazer fracassados? Será que Ele fica num majestoso trono confabulando: “Hoje Eu farei uma pessoa que só andará de Audi, conhecerá os lugares mais bonitos do mundo, comerá nos melhores restaurantes, estudará nos melhores colégios, mas amanhã farei somente pobres, pessoas que nunca sairão dos subúrbios, só andarão de ônibus e quando muito estudarão só um pouquinho em escolas públicas.”
Acredito que Deus faça todas as pessoas da mesma maneira. Com algumas diferenças estéticas, mas com o mesmo estilo de funcionamento, Ele se preocupa com o hardware e deixa a responsabilidade do software para o próprio homem. Todos nós nascemos da mesma maneira, sem dente, barrigudo, sem cabelo, sem cultura, não sabemos ler nem escrever, mas o fato é que nascemos como uma tela totalmente branca e tudo o que for colocado ali, tanto coisas boas quanto ruins, marcarão nossas vidas.
Cabe aos pais a responsabilidade de programar seus filhos para os desafios que virão fora do útero. Mas, estão os pais preparados para programar os filhos para tantos desafios que temos no século XXI? Creio que a resposta seja um doloroso não. Os pais fazem com os filhos o que os pais deles fizeram com eles. Sem pensar se estão certos ou errados fazem exatamente como antes, cantam as mesmas músicas que aprenderam, músicas estas que têm o poder de intimidar qualquer ser pensante. Vamos refletir sobre algumas delas. Nana neném que a cuca vem pegar, papai foi pra roça e mamãe foi trabalhar. Bicho papão sai de cima do telhado… Dá para acreditar nisso? Isso na verdade não é para a criança dormir, isso é uma ameaça! É mais ou menos assim: neném, ou você dorme ou a cuca te pega. Tem um bicho papão em cima do telhado e ele quer comer você! E, pior, a criança está sozinha, porque a mãe foi trabalhar e o pai foi pra roça. Acho que quem vai pra roça desse jeito é a criança.
Essa é a cultura do medo, quando a criança não acredita mais no bicho papão e nem na cuca, surge o famigerado homem do saco. Não podíamos sequer ir até a esquina, pois lá estava o homem do saco. Algumas pessoas têm trauma de saco até hoje. E, quando conseguem superar o homem do saco, surge uma figura inquestionável, a prova de qualquer dúvida, queixa ou comentário: Papai do céu. O tal papai do céu vê tudo em todos os momentos e, pior, ele castiga. Começa aí um relacionamento da criança com Deus, mas não com base no respeito e sim do medo. Essa criança vai crescer, temendo seus pais, seus professores, seus chefes, seu cônjuge e, quando tiver filhos, vai ensiná-los a temer a vida.
Mas, se você se encaixa nesse perfil eu tenho uma boa notícia. É possível mudar esse “destino”, quebrar esse ciclo, tornar-se uma pessoa pró-ativa e educar seus filhos para que eles sejam verdadeiros vencedores, pessoas que acreditam em seu potencial, respeitam seus sentimentos (inclusive o medo), mas não vão deixar de ir à luta só porque tem bicho papão em cima do telhado. Você tem esse poder, mas, quem tem o poder de mudar, tem também a responsabilidade de mudar. 

Wagner Dias é autor dos livros Quem você pensa que é e Nada na vida é por acaso e palestrante. Tem formação em Economia e pedagogia. É especialista em Inteligência Emocional, Aprendizagem Acelerada e relacionamento interpessoal. Realizou consultoria na área de relacionamentos para o Banco Santander. Ministrou treinamentos em diversas empresas altamente conceituadas e rigorosas ao selecionar palestrantes, entre elas, Bradesco, Banespa, Santander, Carrefour, LG, Assoc. Paulista dos Supermercadistas, Omni Brasil, Tahitian Noni, Purific, Amil, Siemens, entre outras.

Publicado por Akasha De Lioncourt
em 02/05/2008 às 01h50
 
02/05/2008 01h47
Perfeição - Renato Russo

Perfeição

 

Legião Urbana

 

Composição: Renato Russo

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...

Vamos celebrar Eros e Tanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...

Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...

Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...

Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 02/05/2008 às 01h47
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