Liberdade não é anarquia. Na verdade, nem a anarquia é uma anarquia. Liberdade é conhecer seus próprios limites, respeitar os limites alheios, e, principalmente, sentir-se em paz com tudo isso. Liberdade é uma decisão, uma escolha... escolhemos ser livres e permitir que as pessoas também o sejam.
Mas, se o conceito de liberdade for equivocado, trouxer atos de intolerância, arrogância, falta de empatia e egocentrismo, chegamos a um verdadeiro impasse, que pode nos afetar perigosamente, permitindo que outras pessoas invadam nossa privacidade e nos detenham com veemência. É quando a lei nos impede de sermos perigosos para outras pessoas.
Eu poderia falar em liberdade da alma, de expressão, de atitudes, enfim, falar sobre liberdade é abrir um leque gigantesco de opções para abordagem do tema, mas, em tempos em que as pessoas se sentem tão livres para agirem como bem entendem, ocultas sob a sombra do monitor, achando que estão isentas de qualquer responsabilidade, é necessário que também falemos sobre o excesso no exercício destes direitos, porque neste momento, quando abusamos e perdemos a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro para saber o que podemos causar, isso tira a paz de todos os envolvidos.
Então, liberdade requer limites... limites estes que devem ser ensinados às crianças, para que o adulto dentro delas não sofra as sanções dos excessos. Assim como nossos pais e todos os que nos influenciaram de forma positiva ao longo de nossas vidas também nos ensinaram estes limites... ainda que tenhamos perdido a noção deles, e pratiquemos a liberdade como se fosse um filme de faroeste. Façamos por elas, e quem sabe, aproveitemos os ensinamentos novamente em nós mesmos.
em algum momento de 2020.