A Cura por Si Mesmo
Todos nós temos uma estranha mania de achar que a cura para todos os nossos males está muito mais distante do que imaginamos. Esse é um pensamento comum e até mesmo eu costumo buscar sempre muito mais distante a solução para todos os meus males. O que não compreendemos é que toda cura depende principalmente da nossa postura em relação à vida, aos acontecimentos, às nossas escolhas e posturas. Já notou que você vive rouco? Será que não tem algo preso à garganta que precisa dizer e nunca o faz porque não tem coragem? Ou então, costuma dizer sem pensar nas conseqüências e acaba magoando quem não quer causando a si mesmo uma dor absurda por não conseguir conter seus impulsos do coração?
Cada uma de nossas atitudes pode acarretar em um mal físico que nos faz pensar sobre o que temos feito de nossas vidas. Cada vez que nosso corpo nos aponta que algo está errado, recebemos um sinal claro que chamamos de dor. Esse sinal é um bem que recebemos, pois através dele poderemos procurar descobrir a origem do mal e trata-lo. Mas, e quando o mal não nos afeta o físico em um primeiro momento, atacando nosso íntimo, nossa mente, causando estragos que jamais detectaremos rapidamente? Talvez o sinal venha um pouco tarde e é por isso que vemos pacientes morrendo a todo o momento de doenças incuráveis que seriam tratáveis se detectadas a tempo.
Esses casos são aqueles em que guardamos dentro de nós os sentimentos negativos, alimentamos mágoas, rancores, ressentimentos, deixamos de viver com mais leveza apenas para alimentar nossos vícios egoístas e fechar nossos olhos e ouvidos para nossos defeitos sem procurar modifica-los para o nosso próprio crescimento pessoal.
São esses sentimentos negativos que nos devoram o corpo físico lentamente, na surdina, vindo à tona somente quando não há mais recurso possível para recuperarmos plenamente, trazendo o óbito muito mais rápido e antes do previsto.
A cura está dentro de cada um de nós e ela tem de começar no nosso íntimo mais íntimo, transmutando os sentimentos, as crenças que possuímos em nós mesmos e nas pessoas que nos cercam, trazendo-nos vibrações positivas em substituição às palavras duras, rudes e repletas de maledicências. Quando nos permitimos vivenciar a experiência da mudança interior, nos tornamos mais leves e muito mais receptivos ao amor incondicional que só Deus é capaz de sentir por cada um de nós enquanto seus filhos imperfeitos ainda que criados à sua imagem e semelhança. O caminho não é fácil assim como não é fácil abrirmos mão de vícios e costumes que nos acompanham a essência há tanto tempo mas se começarmos a buscar o caminho da cura definitiva certamente alcançaremos boas colheitas pois são boas as sementes plantadas.
Quero acreditar que, um dia, todos nós estaremos em um mesmo nível de desenvolvimento e evolução, que todos caminhamos invariavelmente para esse desfecho e essa crença me faz lembrar uma frase de Fernando Sabino que diz: “No final, tudo dá certo; e se não deu certo é porque ainda não chegou ao final”. Acho que ele definiu perfeitamente com poucas palavras o destino de cada um de nós ao final da escalada rumo à evolução e ascensão à categoria de espíritos puros.
Portanto, abra-se para o que é bonito, encha sua alma de ar puro, respire bons sentimentos, expire seus vícios, suas energias negativas, faça um exercício mental todos os dias e pratique ser são de corpo e alma. Para o corpo exercícios físicos, até uma boa caminhada para começar e para a alma, o exercício de auto-conhecimento e busca do equilíbrio perfeito das nossas forças dentro de cada um de nós.
A cura depende do tamanho da sua crença em você, em Deus e nas pessoas que te cercam e fazem parte da sua farmácia terapêutica para toda a vida.
E depois de tudo isso, abrace a vida com amor e confiança e viva-a, pois sabemos que a lei de ação e reação já é mais do que mera teoria há muito tempo, a física já a provou através de Isaac Newton e transformou-a em lei da ciência. A cada ação corresponde uma reação.
05/08/2007
Em tempo: preciso corrigir um erro de citação... a frase que atribuí a Luis Fernando Veríssimo na verdade é de Fernando Sabino... e como amo a ambos cometi um pecadilho autoral pelo qual me desculpo e me retrato de agora em diante. Beijos, Akasha (20 de abril de 2009)