SELEUCOS I NICATOR
Entre os estados surgidos com a desagregação do império de Alexandre III (Alexandre o Grande) e as lutas de seus antigos generais pelo poder, um dos mais duradouros e extensos foi o Reino Selêucida, centrado na Síria e no Irã, criado por Seleucos. Seleucos nasceu em Europos, Macedônia, entre 358 e 354 a.C., filho de Antíocos, general de Felipe II da Macedônia, pai de Alexandre o Grande. Participou da conquista do império persa como oficial de Alexandre e em 321 a.C., quando o império foi dividido, coube-lhe a satrapia da Babilônia. Obteve vitórias como aliado de outro general de Alexandre, Antígonos Monoftalmos, com quem se desentendeu. De 316 a 312 a.C. esteve a serviço de Ptolomeu I do Egito. Para neutralizar Antígonos, que pretendia tornar-se rei do império de Alexandre, promoveu a união das forças de Ptolomeu I, Lisímacos, governante da Trácia, e Cassandro, que reivindicava a Macedônia. A coalizão resultou na guerra que durou de 315 a 311 a.C. Em 312 a.C., com uma pequena armada, Seleucos reconquistou a Babilônia e deu início à dinastia selêucida. Com o nome de Seleucos I Nicator, "o vencedor", governou segundo modelos Helenísticos. Incentivou a pesquisa científica, fundou novas cidades e expandiu o reino até a fronteira da Índia. Devido a conflitos com Ptolomeu, por volta de 300 a.C., transferiu a capital do reino da cidade de Selêucia, no Tigre, para Antióquia, no Orontes. Em 298 a.C. casou-se com Stratonice, filha de Demétrios, mas quatro anos depois cedeu a esposa ao filho Antíocos I e o nomeou comandante-em-chefe das satrapias e co-regente. Após novas vitórias, prestes a realizar o desejo de restabelecer o império de Alexandre, Seleucos dirigiu-se para a Macedônia, mas, em 281 a.C., perto de Lisimaquéia, na Trácia, foi assassinado por Ptolomeu Cerauno, filho de Ptolomeu I do Egito. O filho Antíocos I sepultou-o em Selêucia e ordenou sua veneração como Zeus Nicator.
DINASTIA DOS PTOLOMEUS
Família Macedônica que reinou no Egito durante o período Helênico, da morte de Alexandre o Grande, em 323 a.C., até o Egito transformar-se em Província Romana, em 30 a.C. O nome correto seria Dinastia Lágida. A dinastia foi fundada pelo general de Alexandre, Ptolomeu I, que se estabeleceu como governante independente em 305 a.C., adotando o nome de Ptolomeu I Soter. O reino prosperou sob sua gestão e as de seus sucessores, Ptolomeu II Philadelphos e Ptolomeu III Euergetes, que competiu com outra dinastia macedônica, os Selêucidas da Síria, pela supremacia no Mediterrâneo oriental. A capital do reino, Alexandria, cidade cosmopolita com numerosa população Grega e Judaica, tornou-se um grande centro comercial e intelectual da Antigüidade. Os lágidas criaram uma impressionante infra-estrutura administrativa, financeira e comercial. Entraram em decadência durante os séculos II e I a.C., quando Roma começou a intervir nos assuntos egípcios. A última governante ptolomaica foi Cleopatra VII, que reinou primeiro com o apoio de Julius Caesar e depois graças ao de Marcus Antonius.
REINADOS DOS PTOLOMEUS:
Ptolomeu I, Soter (305-283 a.C.)
Ptolomeu II, Philadelphos (285-246)
Ptolomeu III, Euergetes (246-221)
Ptolomeu IV, Philopator (221-205)
Ptolomeu V, Epiphanes (205-180)
Ptolomeu VI, Philometor (180-145)
Ptolomeu VII, Eupator (145)
Ptolomeu VIII, Euergetes II (145-116)
Ptolomeu IX, Soter (116-106)
Ptolomeu X, Alexander I (106-88)
Cleopatra II (106-101)
Ptolomeu IX, Soter (88-80)
Ptolomeu XI, Alexander II (80)
Ptolomeu XII, N. Dionysos (80-51)
Cleopatra VII, Philopator (51-30)
Ptolomeu XIII (51-47)
Ptolomeu XIV (47-44)
Ptolomeu XV (40)
Ptolomeu XVI
PTOLOMEU I
Um dos mais influentes generais de Alexandre III , Ptolomeu I Soter (em grego, "Salvador") foi o fundador da dinastia Macedônia que governou o Egito de 323 a 30 a.C. Ptolomeu nasceu na Macedônia por volta de 366 a.C. Acredita-se que foi educado na corte, como pajem, e assim se tornado amigo íntimo do príncipe Alexandre. Exilado em 337 a.C., com outros amigos do príncipe, retornou após a coroação de Alexandre, no ano 336 a.C., e tornou-se seu guarda-costas. Mais tarde, Ptolomeu participou de campanhas na Europa, Índia, Afeganistão e Egito, nas quais se mostrou comandante cauteloso e confiável, muitas vezes condecorado. Após a morte de Alexandre, em 323, certo de que não seria possível manter a unidade do império, Ptolomeu propôs que as satrapias (províncias do império) fossem divididas entre os generais. Tornado sátrapa do Egito e de territórios líbios e árabes, nos anos seguintes Ptolomeu estendeu seu domínio ao Chipre, Síria e regiões costeiras da Anatólia. Consolidou e expandiu seus domínios por meio de guerras e, sobretudo, de hábeis negociações, alianças e casamentos. Adotou o título de Rei do Egito no ano 304 a.C. Manteve cordiais relações políticas com a Grécia e conquistou ao mesmo tempo a simpatia dos egípcios com medidas como a fusão de religiões da Grécia e do Egito e a restauração dos templos dos faraós, destruídos pelos persas. Fundou o Museu (Mouseion), onde trabalhavam sábios e artistas, e criou a famosa biblioteca de Alexandria. Além de proteger as artes e ciências, Ptolomeu também escreveu ele próprio a história das campanhas de Alexandre. Embora sua obra tenha se perdido, é possível reconstruí-la em grande parte, pois foi extensivamente usada como fonte pelo historiador Arriano. No ano 290 a.C. Ptolomeu I coroou sua mulher Berenice rainha do Egito e em 285 a.C. indicou seu filho mais novo como sucessor e co-regente. Morreu no ano 283 a.C., no Egito, e o povo desse país passou a considerá-lo uma divindade.
REINO DA BACTRIA
Com a invasão da Índia por Alexandre o Grande estabeleceu-se na região a Cultura Helenística. Após a morte de Alexandre os territórios indianos ficaram sob o controle grego conhecido como Bactro-Sogdiana (atual Afeganistão, Paquistão e noroeste da Índia), que era uma província do Império Seleucida. Por volta do ano 256 a.C. Diodotos I, um renegado governador seleucida, declarou a independência da região criando o primeiro reinado bactriano. Após 256 a.C. o reinado bactriano foi ganhando poder devido a influência helenística, e estendeu relações com seu vizinho o reino indiano. Em 130 a.C. muito do poder e dos territórios da Bactria foram perdidos pela invasão pelos Citas (originários da Ásia Central) associados aos Partas, e nos próximos 100 anos a Bactria decaiu. A cultura helenística foi gradualmente absorvida pela cultura local indiana, e este território veio a se tornar no império Kushan.
Unidade Quádruplo de bronze (10,2 gr), de Apollodotos I, cunhado em 174/165 a.C.
Anverso: Apolo em pé, à esquerda, segurando uma flecha com a mão direita e um arco com a esquerda.
Inscrição: BASILEWS APOLLODOTOU SWQHROS
Reverso: Tripé.
Inscrição: escrita kharoshthi: "Maharajasa tratarasa Apaladatasa" - (o rei salvador apollodotos)
(Após a chegada dos indo-gregos a população local com o seu recente adquirido reinado, já vinha usando moedas com formas retangulares/quadradas e marcas de punção usadas para muitas transações. Eventualmente este fato influenciou os indo-gregos a emitirem formas quadradas de moedas, com cunhagem bilíngüe (grego e indiano), que poderia ser aceita prontamente por mercadores e população local.)
REINADOS DA BACTRIA:
Diodotos I, Soter (256-230 a.C.)
Diodotos II, Theos (250-230)
Euthydemos I (230-200)
Demetrius I (200-190)
Euthydemos II (190-185)
Agathokles (190-180)
Pantaleon (190-185)
Antimachos I, Theos (185-170)
Apollodotos I (174-165)
Demetrius II (175-170)
Eukratides I (170-145)
Eukratides II (145-140)
Plato (145-140)
Heliokles I (145-130)
Menander, Soter (155-130)
Strato I (130-110)
Zoilos I (130-110)
Lysias (120-110)
Antialkidas (115-95)
Heliokles II (110-100)
Polyxenos (100-95)
Demetrius III, Aniketos (100)
Diomedes (95-90)
Amyntas (95-90)
Epander (95-90)
Theophilos (90)
Peukolaos (90)
Nikias (90-85)
Menander II, Dikaios (90-85)
Archebios (90)
Hermaios (90-70)
Apollodotos II (80-65)
Hippostratos (65-55)
Dionysios (65-55)
Zoilos II (55-35)
Apollophanes (35-25)
Strato II (25-10)
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Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 01/09/2006