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ATENAS

Berço da civilização ocidental, a cidade que foi mãe ou protetora de gênios universais das artes, da literatura, da filosofia e da política é hoje uma encruzilhada das culturas e estilos de vida da Europa e do Oriente. Atenas fica numa árida planície da região da Ática, não muito longe da costa do mar Egeu. A história continua presente na moderna Atenas, capital da Grécia. Como maior símbolo de seu glorioso passado cultural, a Acrópole exibe as soberbas ruínas de seus edifícios, dominados pela silhueta do Pártenon, o templo erguido no século V a.C., em homenagem a Atena Parthenos, a quem era dedicada a cidade. Esse passado histórico e lendário deixou uma viva marca na vida dos atenienses, inclusive em sua maneira de ser. O primitivo agrupamento urbano se estendia sobre várias colinas, entre as quais se destacam as de Egaleo, Parnes, Pentélico, Himeto, Licabeto e da Acrópole, esta última a mais importante do ponto de vista estratégico, histórico e cultural. Embora no início sede do governo, muito cedo a Acrópole se converteu em lugar dedicado aos deuses. Em seu topo, além do Pártenon, ergueram-se, entre outros, os templos dedicados a Atena Nike, o Erectêion e os altares de Zeus e de Atena. Em torno da acrópole ficavam outras edificações igualmente notáveis, como o templo e o teatro de Dioniso, o Odeon e o recinto de Esculápio. Adiante, situavam-se a ágora ou praça pública, o templo de Teseu e o tribunal de justiça, este na colina do Areópago. Atenas conheceu grande esplendor como cidade-estado durante o governo de Péricles, no século V a.C., mas depois da guerra do Peloponeso começou a perder importância política, ainda que mantivesse o prestígio cultural. No século III da era cristã, foi saqueada pelos hérulos e, depois, os imperadores bizantinos anularam sua influência cultural em favor de Constantinopla.


ESPARTA

Frente aos ideais atenienses de liberdade e democracia, a cidade de Esparta representou, na Grécia Antiga, os valores da austeridade, do espírito cívico e militar, da igualdade social e da submissão total do indivíduo ao estado. Curiosamente, esse modelo de sociedade, consolidado pelas reformas legislativas de Licurgo por volta do ano 700 a.C., inspirou a teoria do contrato social de Rousseau, documento básico da democracia moderna. Esparta, Spárti em grego moderno, está situada no sudeste da península do Peloponeso, às margens do rio Eurotas. A cidade atual, ao norte das ruínas antigas, é capital do departamento da Lacônia. Primitivamente habitada por povos pré-helênicos, a Lacônia foi invadida pelos aqueus, que aí teriam fundado a cidade de Lacedemônia (a tradição aponta, como fundador, Lacedemônio, filho de Zeus e Taígeta). Por volta do século XII a.C., os dórios, em ondas sucessivas, ocuparam a região e, no local da antiga Lacedemônia, ergueram Esparta no século IX a.C., como resultado da fusão de quatro povos dóricos com o povoado aqueu de Amiclas. A cidade logo se impôs sobre as vizinhas graças a seu poderoso exército. Após a unificação, todo o território ficou sob o comando de Esparta e suas terras foram repartidas entre os guerreiros. A população foi dividida em três classes: a dos espartanos, ou cidadãos, com todos os direitos civis e políticos; a dos periecos, homens livres, antigos habitantes da região, possuidores de terras, sem direitos políticos mas obrigados ao serviço militar e responsáveis pelo comércio e indústria, atividade vedada aos espartanos, proibidos de acumular riquezas; e os hilotas, escravos do estado, que cultivavam as terras dos espartanos. Numericamente inferiores, os espartanos se impuseram uma severíssima disciplina militar, sobre a qual se assentava sua organização político-social. Isentos de tarefas agrícolas, dedicavam-se ao governo, à caça e ao treinamento militar e desportivo, entendidas essas atividades como necessárias para a disciplina pessoal e social. Dos sete aos vinte anos o jovem era submetido a treinamento militar intensivo, por conta do estado. Dos vinte aos sessenta o cidadão estava ligado ao serviço militar, devendo tomar com os companheiros a refeição da noite. Aos vinte anos já podia casar-se, mas só aos trinta era desobrigado de dormir no acampamento. As moças recebiam treinamento análogo e privilegiavam o dever patriótico em relação ao amor à família. À frente do governo estavam dois reis de sucessão hereditária, descendentes, segundo a tradição, dos gêmeos Eurístenes e Procles, cujos filhos, Ágis e Eurípone, teriam dado nome às dinastias reinantes: ágidas e euripôntidas. Tinham igual autoridade como chefes religiosos e militares e contavam com o assessoramento de uma espécie de senado, a gerúsia, composta de 28 membros vitalícios, maiores de sessenta anos, eleitos por aclamação pela assembléia do povo, denominada apela. Aos integrantes da gerúsia, os gerontes, cabia preparar as leis a serem votadas pela apela e constituir um tribunal que julgava os processos de interesse do estado, especialmente os que afetassem os soberanos. A apela, integrada por todos os cidadãos com plenos direitos, aprovava ou rejeitava os projetos apresentados, elegia os gerontes e os éforos (principais magistrados de Esparta) e votava a paz e a guerra. Em meados do século VI a.C., Esparta tornou-se uma das principais potências da Grécia. Desprezando os avanços culturais, filosóficos e artísticos de Atenas, concentrou sua força na atividade militar. A educação dos jovens era sempre voltada para os interesses do estado e sobretudo para as guerras. Ao chegar à idade adulta, os homens se convertiam nas "muralhas de Esparta", já que a cidade carecia de fortificações. A mulher espartana desfrutou de mais liberdade em comparação com outras gregas. Sua função principal era dar ao estado filhos fortes e sadios. A força militar de Esparta foi decisiva na luta que uniu todos os gregos para repelir a invasão Persa entre 481 e 480 a.C. e derrotar completamente os agressores, um ano depois. Coube aos espartanos, liderados por Leônidas, protagonizar a heróica defesa do estreito das Termópilas. Livres da pressão persa, os gregos passaram a guerrear entre si. As guerras do Peloponeso (431-404) entre Esparta e Atenas teve origem na rivalidade econômica e política entre as duas potências. Atenas, dona de uma importante frota capaz de controlar os povos das ilhas, ameaçava a tradicional superioridade espartana na península. Depois de anos de combates terrestres e navais, os espartanos conseguiram submeter Atenas e seus aliados. Entretanto, o triunfo obrigou Esparta a administrar um extenso território que excedia sua capacidade de controle. Em breve, as cidades gregas começaram a mostrar seu descontentamento com o duro regime espartano. Atenas, Corinto, Tebas e Argos coligaram-se e, com a ajuda dos persas, derrotaram Esparta, em 387 a.C. A cidade vivia uma grave crise social, motivada pela desigualdade entre a oligarquia e o restante da população, submetida a condições de miséria. Esparta foi então obrigada a firmar com os persas uma paz pela qual perdeu o domínio sobre as colônias jônicas da Anatólia, embora mantivesse certo poder na Grécia continental. Por fim, a vitória do tebano Epaminondas em Leuctras, em 371 a.C., acabou com a soberania espartana no Peloponeso e na Grécia, na primeira batalha em campo aberto perdida pelos espartanos. Poucos anos depois, o poder da Macedônia, estado helenizado do norte, se impôs sobre toda a Grécia. Esparta vegetou nas épocas Helenística e Romana e, no ano 396 d.C., foi destruída pelos visigodos. Os Bizantinos a repovoaram e, em 1460, a região caiu em poder dos turcos otomanos. A cidade moderna foi edificada a partir de 1834, junto às ruínas antigas. É um pequeno núcleo comercial e industrial, que vive da produção de cítricos e azeite de oliva.

CORINTO

Magníficas ruínas dão testemunho da grandeza da antiga cidade grega de Corinto, rival de Atenas em prosperidade, poder e cultura. Corinto, situada a cerca de oitenta quilômetros a oeste de Atenas, no extremo oriental do golfo de mesmo nome, começou a desenvolver-se no século VIII a.C. Seu poderio logo lhe permitiu fundar colônias importantes, como Siracusa, na Sicília, e Córcira (hoje Corfu), no mar Jônico. A cidade tinha dois portos, um a ocidente e outro a oriente do istmo de Corinto, e por eles exportava para todo o mundo produtos de olaria e objetos de bronze. Corinto aliou-se a Esparta depois das guerras dos séculos VI e V a.C., contra os persas, e contribuiu para a derrota dos atenienses na guerra do Peloponeso. Sua decadência, no entanto, iniciou-se no século seguinte. Em 146 a.C., foi destruída pela invasão romana, mas interessava a Roma manter um encrave na região, situada a curta distância de um istmo de grande importância estratégica. Esse fato determinou a reconstrução da cidade em 44 a.C., por ordem de Julius Caesar, que declarou-a colônia romana e capital do Peloponeso. Voltou então a ser uma esplêndida e rica cidade, orgulhosa de sua cultura, arquitetura e obras de arte. Mais tarde passou a fazer parte do Império Romano do Oriente e continuou a florescer sob o domínio Bizantino, graças a seu ativo comércio. Durante a Idade Média tornou a decair e, no século XV, a conquista da Grécia pelos turcos otomanos a reduziu a uma aldeia.

A ILHA DE AEGINA

AS TARTARUGAS DE AEGINA: A Primeira Moeda de Comércio da Europa.

A ilha de Aegina, situada na costa de Atenas, tem um terreno rochoso, e a falta de boa terra agrícola obrigou os primeiros Aeginetianos a buscar o seu sustento no mar. Eles se tornaram excepcionais comerciantes marítimos, e é apropriado que o recorde da viagem mais lucrativa foi feita por um Aeginetiano (Herodotus. IV. 152). No início do 6o. século a.C. Aegina foi o depósito central de cereais do Mar Negro a caminho do Peloponeso e, perto da metade desse século, Aegina tinha obtido importantes concessões de cereais em Naucratis no Egito.

Durante o curso de suas viagens, os comerciantes Aeginetianos tiveram acesso à cunhagem de moedas da Ásia Menor, e sua introdução para Aegina foi uma conseqüência natural. As primeiras moedas européias foram produzidas na ilha de Aegina por volta da metade do 6o. século e representam a tartaruga (refletindo o interesse marítimo do Aeginetianos) no anverso, enquanto que no reverso leva a marca de punção empregado para forçar o metal para dentro da forma do anverso. A Ilha de Siphnos era a fonte mais provável da prata usada no início da cunhagem de Aegina, e o fato destas primeiras moedas terem sido encontradas enterradas até dois séculos mais tarde é evidência da produção prolífica da casa da moeda. Os Chelones Aeginetianos (Tartarugas) tiveram circulação ao longo de todo o Mediterrâneo por volta da metade do 6o. século, fazendo deles a primeira e mais importante moeda de comércio da Europa até que foram finalmente substituídos pelas "Corujas" de seus vizinhos atenienses durante o 5o. século. A marca de punção do reverso originalmente consistia em um desenho de oito dentes o qual produzia oito triângulos no reverso. Com o uso de dentes eventualmente quebrados e entupidos, produzia-se "incuses" (marcas) preenchidas e ausentes. Isto levou à adoção primeiro do padrão "mil sail" (vela de moinho) ao redor do final do 6o. século, seguido pelo desenvolvimento de um padrão "skew" (inclinado) por volta de 480 a.C. O desenho do anverso também foi modificado pela adição de uma fila de pontos iniciando no colarinho da tartaruga com uma única fileira de pontos descendo pela carapaça; daí o nome "T-back" (T nas costas).
A produção de tartarugas diminuiu durante os vinte anos seguintes pois a prata da ilha de Siphnos não era mais acessível e o comércio mediterrâneo era então dominado por Atenas, a nova senhora do Egeu. Os dois vizinhos eram constantes rivais e os atenienses se referiam a Aegina como "a feiúra do Piraeus". Em 457 a.C. Atenas conquistou Aegina e a despojou dos seus poderes marítimos. A perda do poder do mar para Aegina ocasionou, provavelmente, a substituição da tartaruga marítima pela tartaruga terrestre como emblema da cidade, e também foi neste momento que ela formou o reverso padrão "skew" (inclinado) em um "incuse" (marca) mais retangular. Subseqüentemente em 431 a.C., os Aeginetianos foram expulsos de sua pátria pelos atenienses que só a devolveram depois da conclusão da Guerra do Peloponeso em 404 a.C.

Material extraído e traduzido dos arquivos da internet da Classical Numistatic Group - "Aegina's Turtles: Europe's First Trade Coin".
Colaboração na tradução: Sérgio Eduardo de Oliveira Campos

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Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 30/08/2006
Alterado em 30/08/2006
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