Esta é uma maneira de homenagear a todos que fizeram da sua maior arma, o papel e a caneta...
Beijos, de alguém que um dia se atreveu a colocar aqui os "rabiscos" que significavam a mais pura expressão da alma...
O DIA DO ESCRITOR
Após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, em 1960, foi decretado por decreto governamental que o dia 25 julho seria o Dia Nacional do Escritor. A iniciativa partiu da União Brasileira de Escritores, através de José Peregrino e Jorge Amado, presidente e vice, respectivamente.
Para o Mestre em Literatura Brasileira, Gabriel Perissé, "o escritor convence graças ao poder de sua paixão pela palavra, e não prioritariamente pela paixão que dedique a uma causa. Ou melhor, a sua causa sempre foi e será a palavra, caminho e céu de todas as causas. E de todas as paixões."
Muitos escritores ao longo da história da literatura publicaram suas obras com nomes diferentes. Charme e mistério fascinavam leitores em todo o país. Sérgio Porto, por exemplo, assinava "Stanislaw Ponte Negra". Carlos Drummond de Andrade era o escritor Antônio Crispim, embora tenha utilizado "Mickey" e "Gato Félix" quando jornalista crítico de cinema. Mas, sem dúvida, o campeão dos heterônimos foi Fernando Pessoa, que assinou distintamente oito vezes.
GRANDES ESCRITORES NACIONAIS E SUAS OBRAS
Casimiro de Abreu (1839-1860) - Primaveras (1859).
José de Alencar (1829-1877) - O Guarani (1857); Lucíola (1862); Iracema (1865); O Gaúcho (1870); Senhora (1875); O Sertanejo (1876).
Antônio de Castro Alves (1847-1871) - Espumas Flutuantes (1870).
Jorge Amado (1912-) - O País do Carnaval (1932); Jubiabá (1935); Mar Morto (1936); Capitães de Areia (1937); Seara Vermelha (1946); Gabriela Cravo e Canela (1958); Os Velhos Marinheiros (1961); Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966); Tieta do Agreste (1976).
José de Anchieta (1534-1597) - Auto de Santiago (1564); Tragédia do Rico Avarento e do Lázaro Pobre (1575); Auto de São Lourenço (1584).
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Alguma Poesia (1930); Sentimento do Mundo (1940); A Rosa do Povo (1945); Claro Enigma (1951); Lição de Coisas (1962); Antologia Poética (1965).
Mário de Andrade (1893-1945) - Paulicéia Desvairada (1922); Amar, Verbo Intransitivo (1927); Macunaíma (1928); Remate de Males (1930).
Afonso Arinos (1868-1916) - Pelo Sertão (1898); Notas do Dia (1900); O Contratador de Diamantes (1917).
Manuel Bandeira (1886-1968) - Libertinagem (1930); Itinerário de Pasárgada (1954); Estrela da Vida Inteira (1966).
Olavo Bilac (1865-1918) - Poesias (1888); Crítica e Fantasia (1904); Dicionário de Rimas (1913); Tarde (1919).
Euclides da Cunha (1866-1909) - Os Sertões (1902).
Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) - Primeiros Cantos (1846); Cantos (1857).
Millôr Fernandes (1924-) - Tempo e Contratempo (1956); Haikais (1968); Vidigal (1982).
Rubem Fonseca (1925-) - Feliz Ano Novo (1975); A Grande Arte (1983); Agosto (1990).
Clarice Lispector (1925-1977) - Perto do Coração Selvagem (1943); Laços de Família (1960); A Paixão Segundo G.H. (1964); Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (1969); A Hora da Estrela (1977).
Monteiro Lobato (1882-1948) - Urupês (1918); Cidades Mortas (1919).
Machado de Assis (1839-1908) - A Mão e a Luva (1874); Helena (1876); Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881); Quincas Borba (1891); Dom Casmurro (1900).
Cecília Meireles (1901-1964) - Espectros (1919); Viagem (1939); Mar Absoluto (1945); Romanceiro da Inconfidência (1953).
João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Pedra do Sono (1942); Morte e Vida Severina (1956); A Educação pela Pedra (1966); Auto do Frade (1983).
Vinicius de Moraes (1913-1980) - Antologia Poética (1954); Para Viver um Grande Amor (1962); Poesia Completa e Prosa (1974).
Rachel de Queiroz (1910-) - O Quinze (1930); Memorial de Maria Moura (1992).
Mário Quintana (1906-1994) - Rua dos Cataventos (1940); Antologia Poética (1966); Nariz de Vidro (1975); Lili Inventa o Mundo (1987).
Graciliano Ramos (1892-1953) - Caetés (1933); Vidas Secas (1938); Memórias do Cárcere (1953).
João Guimarães Rosa (1908-1967) - Sagarana (1946); Grande Sertão: Veredas (1956); Corpo de Baile (1964).
Érico Veríssimo (1905-1975) - Clarissa (1933); Olhai os Lírios do Campo (1938); O Tempo e o Vento (1949-1961).
Luis Fernando Veríssimo (1936-) - Ed Mort e Outras Histórias (1979); O Analista de Bagé (1981); A Velhinha de Taubaté (1983).
Fonte: Almanaque Abril / UFRJ / UERJ Clipping