Bistrô da Poesia
Deguste... poesia é o alimento da alma!!!
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
Carlos Drummond de Andrade - Biografia

Cronologia:
1902 - Nasce em Itabira do Mato Dentro, Estado de Minas Gerais; nono filho de Carlos de Paula Andrade, fazendeiro, e D. Julieta Augusta Drummond de Andrade.

1910 - Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito. em Belo Horizonte, onde conhece Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco.

1916 - Aluno interno no Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo Horizonte.

1917 - Toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira.

1918 - Aluno interno no Colégio Anchieta da Companhia de Jesus em Nova Friburgo; é laureado em "certames literários". Seu irmão Altivo publica, no único exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa "ONDA".

1919 - Expulso do Colégio Anchieta mesmo depois de ter sido obrigado a retratar-se. Justificativa da expulsão: "insubordinação mental".

1920 - Muda-se com a família para Belo Horizonte.

1921 - Publica seus primeiros trabalhos na seção "Sociais" do Diário de Minas. Conhece Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário Casassanta, João Alphonsus, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, todos freqüentadores do Café Estrela e da Livraria Alves.

1922 - Ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto "Joaquim do Telhado" no concurso Novela Mineira. Publica trabalhos nas revistas Todos e Ilustração Brasileira.

1923 - Entra para a Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte.

1924 - Escreve carta a Manuel Bandeira, manifestando-lhe sua admiração. Conhece Blaise Cendrars, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade no Grande Hotel de Belo Horizonte. Pouco tempo depois inicia a correspondência com Mário de Andrade, que durará até poucos dias antes da morte de Mário.

1925 - Casa-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais, a primeira ou segunda mulher a trabalhar num emprego (como contadora numa fábrica de sapatos), em Belo Horizonte. Funda, junto com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão modernista do qual saem 3 números. Conclui o curso de Farmácia mas não exerce a profissão, alegando querer "preservar a saúde dos outros".

1926 - Leciona Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira. Volta para Belo Horizonte, por iniciativa de Alberto Campos, para trabalhar como redator-chefe do Diário de Minas. Heitor Villa Lobos, sem conhecê-lo, compõe uma seresta sobre o poema "Cantiga de Viúvo".

1927 - Nasce, no dia 22 de março, mas vive apenas meia hora, seu filho Carlos Flávio.

1928 - Nasce, no dia 4 de março, sua filha Maria Julieta, quem se tornará sua grande companheira ao longo da vida. Publica na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema "No meio do caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários do Brasil. 39 anos depois publicará "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um poema", coletânea de críticas e matérias resultantes do poema ao longo dos anos. Torna-se auxiliar de redação da Revista do Ensino da Secretaria de Educação.

1929 - Deixa o Diário de Minas para trabalhar no Minas Gerais, órgão oficial do Estado, como auxiliar de redação e pouco depois, redator, sob a direção de Abílio Machado.

1930 - Publica seu primeiro livro, "Alguma Poesia", em edição de 500 exemplares paga pelo autor, sob o selo imaginário "Edições Pindorama", criado por Eduardo Frieiro. Auxiliar de Gabinete do Secretário de Interior Cristiano Machado; passa a oficial de gabinete quando seu amigo Gustavo Capanema substitui Cristiano Machado.

1931 - Falece seu pai, Carlos de Paula Andrade, aos 70 anos.

1933 - Redator de A Tribuna. Acompanha Gustavo Capanema quando este é nomeado Interventor Federal em Minas Gerais.

1934 - Volta a ser redator dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde, simultaneamente. Publica "Brejo das Almas" em edição de 200 exemplares, pela cooperativa Os Amigos do Livro. Muda-se, com D. Dolores e Maria Julieta, para o Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo Ministro de Educação e Saúde Pública.

1935 - Responde pelo expediente da Diretoria-Geral e é membro da Comissão de Eficiência do Ministério da Educação.

1937 - Colabora na Revista Acadêmica, de Murilo Miranda.

1940 - Publica "Sentimento do Mundo" em tiragem de 150 exemplares, distribuídos entre os amigos.

1941 - Assina, sob o pseudônimo "O Observador Literário", a seção "Conversa Literária" da revista Euclides. Colabora no suplemento literário de A Manhã, dirigido por Múcio Leão e mais tarde por Jorge Lacerda.

1942 - A Livraria José Olympio Editora publica "Poesias". O Editor José Olympio é o primeiro a se interessar pela obra do poeta.

1943 - Traduz e publica a obra Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac, sob o título de "Uma gota de veneno".

1944 - Publica "Confissões de Minas", por iniciativa de Álvaro Lins.

1945 - Publica "A Rosa do Povo" pela José Olympio e a novela "O Gerente". Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha Carioca. Deixa a chefia de gabinete de Capanema, sem nenhum atrito com este e, a convite de Luís Carlos Prestes, figura como editor do diário comunista, então fundado, Imprensa Popular, junto com Pedro Mota Lima, Álvaro Moreyra, Aydano Do Couto Ferraz e Dalcídio Jurandir. Meses depois se afasta do jornal por discordar da orientação do mesmo. É chamado por Rodrigo M.F. de Andrade para trabalhar na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde mais tarde se tornará chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento.

1946 - Recebe o Prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d'Oliveira. Sua filha Maria Julieta publica a novela "A Busca", pela José Olympio.

1947 - É publicada sua tradução de "Les liaisons dangereuses", de Choderlos De Laclos, sob o título de "As relações perigosas".

1948 - Publica "Poesia até agora". Colabora em Política e Letras, de Odylo Costa, filho. Falece Julieta Augusta Drummond de Andrade, sua mãe. Comparece ao enterro em Itabira que acontece ao mesmo tempo em que é executada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a obra "Poema de Itabira" de Heitor Villa-Lobos, composta sobre seu poema "Viagem na Família".

1949 - Volta a escrever no jornal Minas Gerais. Sua filha Maria Julieta casa-se com o escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry e passa a residir em Buenos Aires, onde desempenhará, ao longo de 34 anos, um importante trabalho de divulgação da cultura brasileira.

1950 - Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu primeiro neto, Carlos Manuel.

1951 - Publica "Claro Enigma", "Contos de Aprendiz" e "A mesa". É publicado em Madrid o livro "Poemas".

1952 - Publica "Passeios na Ilha" e "Viola de Bolso".

1953 - Exonera-se do cargo de redator do Minas Gerais, ao ser estabilizada sua situação de funcionário da DPHAN. Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu neto Luis Mauricio, a quem dedica o poema "A Luis Mauricio infante". É publicado em Buenos Aires o livro "Dos Poemas", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, genro do poeta.

1954 - Publica "Fazendeiro do Ar & Poesia até agora". Aparece sua tradução para "Les paysans", de Balzac. Realiza na Rádio Ministério de Educação, em diálogo com Lya Cavalcanti, a série de palestras "Quase memórias". Inicia no Correio da Manhã a série de crônicas "Imagens", mantida até 1969.

1955 - Publica "Viola de Bolso novamente encordoada".

1956 - Publica "50 Poemas escolhidos pelo autor". Aparece sua tradução para "Albertine disparue", de Marcel Proust.

1957 - Publica "Fala, amendoeira" e "Ciclo".

1958 - Publica-se em Buenos Aires uma seleção de seus poemas na coleção "Poetas del siglo veinte". É encenada e publicada a sua tradução de "Doña Rosita la soltera" de Federico García Lorca, pela qual recebe o Prêmio Padre Ventura, do Círculo Independente de Críticos Teatrais.

1960 - Nasce seu terceiro neto, Pedro Augusto, em Buenos Aires. A Biblioteca Nacional publica a sua tradução de "Oiseaux-Mouches orthorynques du Brèsil" de Descourtilz. Colabora em Mundo Ilustrado.

1961 - Colabora no programa Quadrante da Rádio Ministério da Educação, instituído por Murilo Miranda. Falece seu irmão Altivo.

1962 - Publica "Lição de coisas", "Antologia Poética" e "A bolsa & a vida". É demolida a casa da Rua Joaquim Nabuco 81, onde viveu 36 anos. Passa a morar em apartamento. São publicadas suas traduções de "L'Oiseau bleu" de Maurice Maeterlink e de "Les fouberies de Scapin", de Molière, esta última é encenada no Teatro Tablado do Rio de Janeiro. Recebe novamente o Prêmio Padre Ventura. Se aposenta como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público, recebendo carta de louvor do Ministro da Educação, Oliveira Brito.

1963 - É lançada sua tradução de "Sult" (Fome) de Knut Hamsun. Recebe os Prêmios Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores, e Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Clube do Brasil, pelo livro "Lição de coisas". Colabora no programa Vozes da Cidade, instituído por Murilo Miranda, na Rádio Roquete Pinto, e inicia o programa Cadeira de Balanço, na Rádio Ministério da Educação. Viaja, com D. Dolores, a Buenos Aires durante as férias.

1964 - Publica a primeira edição da "Obra Completa", pela Aguilar.

1965 - São lançados os livros "Antologia Poética", em Portugal; "In the middle of the road", nos Estados Unidos; "Poesie", na Alemanha. Publica, em colaboração com Manuel Bandeira, "Rio de Janeiro em prosa & verso". Colabora em Pulso.

1966 - Publica "Cadeira de balanço", e na Suécia é lançado "Naten och rosen".

1967 - Publica "Versiprosa", "Mundo vasto mundo", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, em Buenos Aires e publicação de "Fyzika strachu" em Praga.

1968 - Publica "Boitempo & A falta que ama". Membro correspondente da Hispanic Society of America, Estados Unidos.

1969 - Deixa o Correio da Manhã e começa a escrever para o Jornal do Brasil. Publica "Reunião (10 livros de poesia)".
Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 07/07/2006
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários