Meu Pai... Durão...
(para o meu pai)
Meu pai sempre bancou o durão,
Mas tem um bom coração.
No fundo, lá no fundo, ele é mole,
Como geléia e doce como um torrão.
Aos cinco, me ensinou a ler,
Aos seis, a tabuada eu tinha que saber.
O resultado dessa epopéia,
É a poeta que vocês vão ler.
Seu sonho era ver-me crescer,
Honrando meu nome e meu ser.
Acho que ele conseguiu seu intuito,
E hoje, sou quem sou com muito prazer.
Caminho por longas estradas,
Com passos firmes, sei da minha jornada.
Espero cumpri-la o melhor possível,
E continuar minha caminhada.
Mas sei que, se meus passos titubearem,
Terei apoio e reafirmarei minha coragem.
Aprendi com meu pai a ser persistente,
E, se eu errar, reinicio, sou valente.
Hoje, sei que ainda não aprendi,
Tudo o que ele tem pra ensinar,
Mas temos tempo, esse amigo tão caro,
E pretendemos ainda muito aproveitar.
As lições se sucedem, dia após dia,
Mesmo que eu não consiga compreendê-la.
Sei que com o devido tempo, e paciência,
Eu as trarei comigo, em minha essência.
03/08/2009
Este poema integra a 13.ª Ciranda com o tema Dia dos Pais no site CAPPAZ - Confraria Artistas e Poetas Pela Paz.
Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 09/08/2009
Alterado em 09/08/2009