EMPRESA FELIZ
Davison de Lucas
Feche os olhos por um instante e se imagine caminhando pela empresa em que você trabalha, observando em detalhes seus companheiros. Eles estão empolgados com o que estão fazendo? Se a maioria não está, grande possibilidade de você estar em uma empresa infeliz. Segundo Charles Kingsley: “Agimos como se o conforto e o luxo fossem as necessidades primordiais da vida, quando só precisamos, para ser realmente felizes, de algo que nos empolgue.” Esta fala tem sentido, pois conheço muita gente realizada na área financeira que está infeliz Todos mestres que passaram pela Terra foram claros em afirmar que a felicidade está dentro de nós. Não está fora. Empolgação tem a ver com entusiasmo, palavra de origem grega, que significa “ter Deus dentro de si”. Isto me faz lembrar quando prestei concurso para ingressar no corpo de engenharia da Marinha de Guerra. Consegui com muito sacrifício passar em todos os exames teóricos e só restava o teste de educação física. Na época, fumava e não praticava exercícios físicos. Foi uma frase de um amigo que me motivou a parar de fumar e preparar fisicamente para a última prova. Disse ele: “Você nadou o alto mar e enfrentou tempestades, não tem sentido agora morrer na praia”. Graças a esse estímulo consegui me empolgar e tornar oficial daquela força armada. Lógico que cada um se motiva do seu jeito, mas tenho plena convicção que a receita para ser plenamente feliz consiste em desenvolver projetos de empolgação nos seis itens que equilibram ou desequilibram um Ser Humano: Eu, par (cônjuge), família, social, profissional e espiritual. A ausência de empolgação se transforma em gargalo no fluxo da vida. Eu sei que não é fácil gerar empolgação, pois depende de muitos fatores, dentre eles missão de vida, valores, evoluções moral e espiritual, compreensão, tolerância e principalmente adaptabilidade. Nunca acreditei em progresso sem esforço. Você tem de planejar e com disciplina lutar para fazer acontecer. Numa empresa sem empolgação, indiscutivelmente o grande culpado é a liderança. Cabe ao líder se dedicar menos ao operacional e mais as pessoas, recrutando corretamente, criando mecanismos motivadores, praticando a gestão participativa e gerando desafios empolgantes. Se não sabe como fazer isso, vai atrás de quem sabe. São tantas facilidades nos dias atuais. Nessa área existem muitos livros, treinamentos e consultorias que podem auxiliar o executivo gerar felicidade em sua organização. É sabido que em ambiente feliz se produz mais e com mais qualidade. O lucro é conseqüência. Ser feliz é preciso. Toda empresa precisa ser feliz.
Data da Publicação: 28/06/2007
Fonte: www.mdavison.com.br