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05/11/2007 12h24
A EMPRESA É O QUE PENSA SER - Davison de Lucas

A EMPRESA É O QUE PENSA SER

 

Sempre acreditei que nada existe por acaso. Não existe o inútil, pois tudo tem o seu porque de existir. A natureza, as coisas, os animais, as pessoas, bem como as organizações têm os seus propósitos.

Nessa linha de raciocínio, alguns problemas surgem quando a empresa não tem consciência plena de sua missão, traduzida pelos consultores organizacionais como razão de ser.

No final da década de 1980, quando se destacava a importância de se escrever a missão, o negócio, valores e visão de futuro, geralmente o empresário da pequena e média empresa considerava isso como frescura de consultor e conseqüentemente perda de tempo. Hoje a consciência evoluiu muito e é muito comum os executivos se aprofundarem nessas questões visando uma compreensão maior.

A maioria das empresas foi montada com objetivo único de gerar lucro. Indiscutivelmente nada substitui o lucro e a saúde financeira deve ser preservada com unhas e dentes. O que alguns empresários não sabem é que o lucro não é causa e sim efeito de muitas variáveis, dentre elas ter o pleno conhecimento de estar fazendo o correto, no momento certo, com as pessoas corretas, na quantidade certa, com razão e coração, no local correto e da melhor maneira possível. Para que isso ocorra, se torna imprescindível clarear qual é a missão, o negócio, os valores e a visão de futuro. O negócio é o meio que você utiliza para atingir a visão de futuro. Por sua vez, a visão de futuro é onde você pretende estar com a empresa em data futura estabelecida, que pode ser traduzida como objetivos e metas. Os valores são conceitos de certo e errado, bom e mau, adequado e inadequado, etc.., que ajudam a direcionar o comportamento da organização. Em outras palavras, são os limites.

Se a organização não tem claro isso, ela não consegue avançar. Não consegue pôr a sua alma no trabalho. Em outras palavras, para a empresa estar no caminho correto, tem que ter uma grande causa. Se não tem, não está no melhor caminho. Tenho encontrado muitas empresas que tomaram o cuidado de escrever esses ingredientes existenciais, mas infelizmente na elaboração desses faltaram sentimentos profundos e conseqüentemente não conseguem praticá-los. Esses escritos são só para inglês ver.

O mundo dos negócios, sempre impiedoso, de forma quase imperceptível exige que a organização tenha bem nítido qual é o seu foco no mercado, que significa dizer cada empresa deve estar no seu devido lugar, naquele momento histórico. A empresa é o que ela pensa ser. Se ela não sabe o que é, é uma entidade perdida, que desperdiça vocação e energia, e que constantemente apresenta crises existenciais. Devido a isso encontra dificuldade de discernir, analisar e sentir o ambiente mercadológico tal como ele é, pois lhe falta a visão sistêmica da existência empresarial. Poder declarar de forma consistente, segura e positiva os seus propósitos e valores é preservar a dignidade, o autoconhecimento, o auto-respeito e a autoconfiança da empresa.




 

Davison de Lucas - diretor da M.Davison & Associados
Consultor Organizacional e Palestrante

www.mdavison.com.br - (14) 3234.6684

skype: m.davison.consultoria

Publicado por Akasha De Lioncourt
em 05/11/2007 às 12h24