A EDUCADORA HELLEN KELLER
Hellen Keller tinha menos de 2 anos de idade quando ficou cega devido a uma febre intensa. Pouco tempo depois, perdeu também a audição. Ela aprendeu a fazer pequenas coisas, percebeu que lhe faltava algo. “As vezes, eu ficava parada entre duas pessoas que estavam conversando e tocava seus lábios. Como não conseguia entender o que diziam, ficava irritada. Em algumas ocasiões, isso me deixava tão brava que gritava e esperneava até a exaustão”, escreveu Keller.
Entendo bem a sua raiva. Como fui um bebê prematuro de sete meses, me puseram numa incubadora. Naquela época, costumava-se despejar uma grande quantidade de oxigênio sobre o bebê, uma técnica que, desde então, os médicos aprenderam a usar com extrema cautela. Como resultado, perdi a visão.
Fui estudar num escola pública para deficientes visuais, mas a linguagem braile não fazia sentido para mim. Eu achava esquisito o conceito das palavras. Lembro-me de apanhar e ser insultada. Para Hellen, foi ainda mais difícil: Ela era cega e surda.
Posso dizer a palavra “ver”, consigo falar a língua daqueles que enxergam. Isso se deve às primeiras conquistas de Hellen Keller, que provou que a língua pode ser a maneira de os cegos e surdos-mudos se tornarem mais independentes. E como ela lutou para dominá-la. No livro Midstraim, ela descreve sua frustração com o alfabeto, com a linguagem dos surdos-mudos e até mesmo com a velocidade com que seu professor soletrava as palavras, desenhando-as na palma da mão. Ela era ávida por conhecê-las.
Eu me lembro de como me sentia estimulada pelos livros, depois que finalmente consegui aprender a linguagem braile. Aquela escola era, para mim, como um orfanato. Mas as palavras, para ela, e, no meu caso, a música, romperam o silêncio.
por Dianne Schurr com David Jackson*