04/11/2009 01h43
S.O.S DOGS - Antes de adotar, leia as informações (adotar é tudo de bom)
Cachorro não é um brinquedinho que se pode jogar fora como se não tivesse vida. Antes de ter um animal, pense nisso. Se possível decore pra nunca escorregar.
- Filhotes crescem, não ficam pequenos pra toda vida, assim como as crianças. Pense no espaço antes, bem antes! Porque filhotes crescem rápido. Labradores fofinhos e outros cães ficam enormes e precisam de muito espaço. Depois não descarte dizendo que ele "cresceu muito". Se voce tem um filho menor e acha normal abandonar, então imagine-se por um momento fazendo isso com ele. Porque seu filho também vai crescer.
- O filhote comeu o chinelo? Eu não disse que adotar um animal adulto dava menos trabalho? Só tenha um filhote se voce tiver a paciência de quem cuida de um bebê humano. Crianças também quebram coisas e rabiscam paredes, mas você sabe que quando crescerem as coisas vão mudar. Com os animais é a mesma coisa.
- Crianças "adoram" animais...antes de comprar por impulso durante um passeio ao shopping, pense se você também gosta e se está disposto a ter trabalho, cuidar, limpar, alimentar e amar. Animais fazem xixi e cocô, assim como os humanos. Adoram passear também. Nas ruas há muitos animais abandonados porque os filhinhos enjoaram do bichinho que o pai comprou. Crianças que "enjoam" muito fácil dos presentinhos, só devem ganhar carrinho ou boneca. E cachorro não é brinquedo, lembra?
- Seu filho adora "brincar" com o cachorro: joga, chuta, enforca e você acha bonito e se diverte. O que você acharia de alguém fazendo isso com o seu filho pequeno que também é um ser indefeso e sente dor? Um dia a vida ensina, dá o troco, e você pode nem estar por perto...
-Filho alérgico? Então tire da sua casa as cortinas, os tapetes, os brinquedos cheios de poeira. Quem sabe se o problema não é o seu próprio cigarro. Não comece se livrando do cachorro. Não jogue toda a culpa em cima dele. Animais costumam fazer parte da cura e não da doença. É por isso que existem terapias com animais em hospitais e o resultado é bastante positivo. Comece se livrando do que não tem vida, e pare de fumar.
-Cachorros não são como roupa que entram e saem da moda. Não se tem um cachorro porque tá na moda esta ou aquela raça. Quem acha que eles são coisas deve comprar um de pelúcia. O da moda agora é ursinho. Quando sair da moda, jogue no lixo (de preferência recicle). Bicho de pelúcia nunca vai sofrer ( e também nunca vai te amar, mas talvez você nem repare).
- Cachorro não é presente. Nem de aniversário, nem de dia das crianças, nem de natal, nem de dia nenhum. Presenteie com coisas. Não são todas as pessoas que estão dispostas a cuidar de uma vida. Às vezes mal cuidam da própria. Se o animal não for bem vindo pelo presenteado (ou pelos donos da casa) voce colocou o bichinho numa gelada. O que será dele agora? Você vai levá-lo pra sua casa?
- Você ainda não tem filhos? Cachorro não é brinquedo e nem filho. Alguns casais suprem suas carências com um animalzinho. Quando vem uma gravidez, o filhinho mais velho ganha o olho-da-rua. Se voce não é capaz de amar em conjunto o bebê que vai chegar e o animal que sempre foi seu companheiro, então não tenha bicho nenhum. Tenha só o seu filho e eduque-o bem. Tente mostrar que todos os seres vivos merecem ser amados.
-Costuma viajar e quer ter um animal? Então tenha certeza que poderá levá-lo junto com você ou que poderá pagar um hotelzinho ou alguém pra cuidar dele na sua ausência. Se voce acha que bicho não passa fome, nem frio e nem medo, experimente ficar só um dia sem comer, sem beber e depois durma no quintal, no chão frio. Veja o quanto é bom.
-Você não quer mais o seu animal? (como assim, "não quer"??). Então não doe para o pedreiro nem para a sua empregada. Castre-o (já deveria ter castrado há muito tempo) e procure um ótimo dono pra ele(a). Ele não invadiu sua casa. Está lá porque você o pôs.
Ele não vai entender e vai sofrer se não for recolocado num ótimo lar. E lembre-se: se não quis este, faça o favor de não querer mais nenhum.
-Seu animal ficou velho? Não é mais tão bem disposto? Cuide dele até o fim. Dê qualidade de vida e tenha paciência. Ame-o sempre. Há muitos seres humanos idosos abandonados em asilos fétidos, doentes e esquecidos pela própria família. Morrem se perguntando o que teriam feito pra merecer isso ou aquilo. Esquecem-se de que na vida tudo tem volta.
Leishmaniose ou Calazar: Saiba mais sobre a doença e tratamentos
Todos devem ter acompanhado através dos jornais a disseminação da Leishmaniose em algumas partes do País, bem como a polêmica causada pelo extermínio de cães positivos e o fato de que, devido a uma erro do laboratório, mais de 400 cães que não eram positivos foram sacrificados, na cidade de Araçatuba - SP.
A verdade é que a Leishmania é a doença que causa mais polêmica e controvérsia principalmente entre os veterinários. Ainda mais quando o assunto é o tratamento ou não de cães positivos. Existem aqueles veterinários cuja conduta é exterminar sumariamente todo e qualquer cão cujo exame dê positivo, alguns são favoráveis ao tratamento daqueles positivos que não apresentam sinais da doença e alguns são favoráveis ao tratamento de cães que apresentem alguns sinais sem comprometimento ainda da função dos rins.
Na Bahia, há anos essa doença tem chamado atenção principalmente nas áreas do litoral Norte. Mas já tive conhecimento de alguns resultados positivos em bairros da capital.
A leishmaniose é transmitida através da picada de um mosquito. Geralmente a doença acomete cães sadios, enquanto que nos humanos tem predileção por pessoas com imunidade diminuída (crianças, idosos, doentes).
O tratamento canino não obtém, em geral, a cura, mas pode oferecer uma boa qualidade de vida e maior longevidade aos animais afetados. Esse procedimento exige dos proprietários dos cães um compromisso de cuidados especiais com os animais infectados e também com o ambiente onde vivem.
O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação que varia de 2 meses a 6 anos. Já li em alguns livros, 7 anos. Os sinais mais comuns da doença são problemas de pele e pelo (dermatite seborréica, falta de pelo ao redor dos olhos, feridas na ponta das orelhas e na ponta do focinho), crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, apatia, febre, sangramento nasal ou oral, problemas nos olhos, pode haver aumento do abdômen por causa do aumento de órgãos (baço e fígado), problemas renais. No entanto mais da metade dos cães portadores não apresentam sinais.
Pouco está sendo feito para a prevenção da doença, já que ela é transmitida por um mosquito. No entanto, gostaria de divulgar que recentemente os fabricantes de um produto anti-pulgas e carrapatos chamado Pulvex Pour-On enviaram a alguns veterinários um trabalho onde se sugere a ação repelente contra o mosquito. Ele deve ser usado exclusivamente em cães, é venenoso para gatos. É uma ampola que após ser agitada deve ser aplicada no dorso do cão uma vez por mês, tomando-se o cuidado de afastar o pelo. \
Se o cão tiver mais de 15 Kg devem ser usadas duas ampolas: uma no dorso e uma na base da cauda. Cães de raças gigantes, acima de 50Kg, podem receber três ampolas: no dorso, no meio das costas e na base da cauda. Da mesma forma que cães de raças muito pequenas, abaixo dos 3 Kg, podem ser tratados apenas com meia ampola.
Outro produto que acredito deve chegar em breve ao mercado é uma coleira lançada pela Hoescht chamada Scalibor. Entrei em contato com o laboratório mas ainda não recebi maiores informações. Mas ela garante Ter ação anti-pulgas e carrapatos e ação repelente a mosquitos.
É política do site Caes & Gatos nunca divulgar nomes de medicamentos muito menos dose e modos de utilizar, pois somos contra a medicação de animais sem acompanhamento do médico veterinário. No entanto, a situação chegou a um ponto tal que decidi que esta seria uma exceção. Volto a salientar que não tenho dados de pesquisas que confirmem a eficácia do Pulvex nem da Scalibor sobre o mosquito. Há apenas um artigo lançado pelo próprio laboratório. Mas até hoje são os dois métodos que tenho conhecimento.
Além disso, há alguns cuidados a serem tomados. Se você mora numa área endêmica, você pode procurar um médico veterinário em sua cidade e saber se há áreas de perigo. Aqui (Bahia) notoriamente estão na área de risco animais daquela parte de Monte Gordo, Jauá, Guarajuba etc. Você deve fazer uso de repelentes nos cães (a exemplo do Pulvex, da Scalibor ou outro repelente que seja indicado por um profissional médico veterinário), telar o canil e manter os cães no canil protegido de mosquitos no período entre uma hora antes do sol se por até o nascer do sol no dia seguinte, que é quando o mosquito está mais ativo e a colocação mensal de um inseticida no ambiente (esta deve ser feita sob rigorosa orientação de um profissional para evitar riscos de envenenamento). Se você não mora numa área perigosa o melhor mesmo é não levar seu cão para áreas assim. Caso não tenha alternativa, utilize os meios citados anteriormente.
Bem, agora vem a parte mais polêmica que é o tratamento ou extermínio de animais positivos. Antes de mais nada, é recomendação dos órgãos da saúde p ública que se extermine os positivos. No entanto, pesquisas têm sido feitas e protocolos de tratamento têm sido utilizados com bons resultados. E apesar de procurar ser mais imparcial possível, acredito que além de um profissional de saúde pública o veterinário deve ser um profissional que ame, respeite e queira preservar a vida de seus pacientes. O sacrifício sumário de um animal de estimação traz grande dor.
Muitos veterinários resistem inclusive a esclarecer ao proprietário a possibilidade de tratamento. Não acredito que essa seja uma decisão só do veterinário. Se ele não se propõe a tratar a Leishmania seja por inexperiência, por causa da recomendação dos órgãos de saúde ou por crença própria, podia passar o caso para um colega que tenha experiência no tratamento. No entanto, é necessário saber e ter claro em mente que o tratamento não cura o cão, mas aumenta o tempo de vida do animal assim como ameniza os sinais da doença fazendo com que ele tenha uma qualidade de vida melhor. Mesmo aliando o tratamento aos cuidados para repelir mosquitos, há a possibilidade de transmissão.
O tratamento elimina os sintomas mas o animal continua portador. Além disso, é um tratamento caro e prolongado e exige do responsável pelo animal um compromisso muito grande.
Existem uma série de protocolos que podem ser seguidos mas como regra geral, além das drogas utilizadas no tratamento propriamente dito, que são de alto custo, o animal deve ser clinicamente avaliado a cada dois meses, ou seja 6 consultas por ano e controle através de exames laboratoriais de três em três meses, o que significa 4 baterias de exame por ano.
O tratamento por si só já representa um risco para o animal pois as drogas utilizadas são fortes e podem até ser tóxicas para alguns órgãos. Por todos estes fatos e pela polêmica causada entre a própria classe veterinária, poucos são os cães elegíveis para tratamento. Primeiro deve-se avaliar o estado geral do animal para ver se ele tem condições de suportar o tratamento; depois o perfil do responsável que deve se mostrar colaborador e atender a todos os passos do tratamento, inclusive assinando um termo de responsabilidade; por último, geralmente só são tratados animais mais jovens com menos de 10 anos. Tudo isso, impõe uma barreira tão grande que pelo menos aqui em Salvador e nas áreas vizinhas só conheço 3 profissionais que trabalham com o tratamento até o momento.
Tenho visto que o extermínio de cães positivos tem sido mostrado como única forma de combate. Acredito que mesmo que se exterminasse todos os cães do País o problema não acabaria. Já vi referências que roedores podem, assim como o cão, servirem de hospedeiros. Porque não é o cão que transmite a doença para outros cães e o homem É O MOSQUITO! Sem o mosquito não haveria o ciclo. Funciona assim: O mosquito pica um cão sadio que se contamina. No organismo do cão a Leishmania se desenvolve. Então um mosquito pica este cão e se picar outro cão ou uma pessoa, pode contaminá-la. No entanto, o contato cão-cão ou cão-homem não dissemina a doença. Funciona assim: mosquito-cão-mosquito-cão ou mosquito-cão-mosquito-homem.
Dessa forma me parece bastante lógico que o combate ao mosquito é, ou poderia ser, muito mais eficaz. No entanto, a questão do combate ao mosquito é muito mais complexa que simplesmente extermínio de cães. Além disso, falta informação consistente à população. Após as primeiras reportagens serem veiculadas o que vi foi o inicio de um histeria coletiva comparável a histeria causada pelo assunto Pit Bull. Pessoas chegavam perguntando sobre "a doença de cães que mata gente", pessoas levavam seus cães para sacrifício porque os animais apresentavam comportamento estranho e elas achavam que era a doença que matava que eles viram na TV.
Em tempo, li recentemente que há um risco de transmissão da Leishmania em campanhas de vacinação se a agulha não for trocada a cada aplicação. Por isso recomendo àqueles que levam seus cães para tomar a anti-rábica em vacinação promovida pelo município, que comecem a levar suas seringas ou prestem atenção se a agulha foi trocada. E lembre-se de que além da vacina anti-rábica existe uma outra chamada óctupla que só é dada em clínicas. Veja mais informações no calendário de vacinas.
Leishmaniose
Definições
Este protozoário é um parasita intracelular de macrófagos, uma célula do sistema imunológico do organismo, que atinge homens, cães e muitos animais silvestres.Ocorrem 2 tipos de Leishmaniose: cutânea e visceral.Os vetores são flebotomíneos (insetos) hematófagos, mosquito palha e birigui.
Ciclo
De uma forma bastante simplificada, o inseto pica o hospedeiro e ingere uma forma de protozoário. No interior do inseto, esta forma se desenvolve, migrando para a proboscida (boca) do inseto que inocula em um novo hospedeiro, havendo um desenvolvimento de outro tipo de forma no interior dos macrófagos.
Patogenia
Os macrófagos encontram-se em vários tecidos do organismo.O sistema imunológico do animal, através das células (linfócitos) vai tentar isolar e destruir as células infectadas, ocorrendo a recuperação e imunidade do animal. No entanto, ocorrem muitos casos em que o organismo não consegue debelar o microorganismo, ocorrendo infecção crônica.O animal passa a apresentar uma dilatação crônica em baço, fígado e linfonodos com lesões cutâneas permanentes.O grande problema é que os sintomas nos cães podem levar muitos meses para aparecerem.
Na forma cutânea apresentam-se úlceras superficiais nos lábios e pálpebras, cuja remissão costuma ser espontânea.
Na forma visceral, os animais apresentam alopecia (falta de pelo) ao redor dos olhos, com perda de pelo generalizada e eczema, além de febre intermitente, anemia, caquexia e aumento dos linfonodos.
Epidemiologia
A maioria das espécies de Leishmania infecta animais silvestres. O cão é um hospedeiro natural reservatório de algumas linhagens deste protozoário.
Diagnóstico
É realizado através de exame de sangue do cão e também através de esfregaços ou raspado de pele e biopsia de linfonodos ou de medula.
Tratamento
Os tratamentos realizados no homem não são efetivos em cães.Do ponto de vista de saúde pública, os cães infectados devem ser sacrificados, principalmente aqueles que possuem visceral, além de haver um controle dos insetos específicos.No entanto, há quem esteja procurando alternativas.
Alternativas Contra o Sacrifício
Os clínicos veterinários de Belo Horizonte decidiram lutar contra o sacrifício de animais com leishmaniose, doença que afeta a população canina da capital mineira. Em vez da eutanásia, propõem tratamento capaz de prolongar a vida. A campanha foi deflagrada pela Anclivepa-MG, cujo presidente, Manfredo Werkhauser, se mostra preocupado com o avanço da doença na região Sudeste.
- Nas regiões Norte e Nordeste, principalmente Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Recife e cidades do interior, a doença já se estabeleceu há algum tempo. O que se observa é a propagação para o Sudeste, pois o mosquito Lutzomia longipalpis existe em todas as regiões. Tendo um reservatório [animal] silvestre ou doméstico que migra, o ciclo se fecha. Em Belo Horizonte, não há mais bairros sem casos de calazar, e em alguns municípios de Minas Gerais, como Montes Claros, 30% da população canina estão acometidos. Colegas do Rio de Janeiro informam que já foram detectados vários casos em Itaguaí, Santa Cruz, Pedra de Guaratiba e Mangaratiba. Em São Paulo, o ambulatório da USP registrou dois casos autóctones na capital.
O sinal de alerta para Belo Horizonte veio em 96, quando aproximadamente cem mil amostras de sangue colhidas em cães da cidade revelaram 4,5 mil resultados positivos para calazar. De acordo com Manfredo Wekhauser, a taxa de 4,5% não significa necessariamente que todo animal parasitado deva ser eutanasiado. Ele defende uma política de tratamento, e argumenta que este é o caminho adotado em países com taxas semelhantes, como Espanha (5 a 10%), Itália (14 a 23%), França (3 a 17%) e Portugal (8 a 11%). ÒO cão não é o vilão da história, e sim o mosquito, define.
O presidente da Anclivepa-MG lembra que a partir de 92 a entidade tomou conhecimento da propagação da doença através do inquérito epidemiológico feito pela prefeitura de BH. Desde então, vem sendo realizada a eutanásia dos cães positivos, o que gerou a reação dos clínicos veterinários, como explica Werkhauser:
Na ocasião, mostramos ao então secretário de Saúde que não adiantava sacrificar o reservatório sem fazer o controle do mosquito. Em resposta à alegada falta de verbas e de homens treinados para aplicação de inseticida, a Anclivepa começou a orientar os proprietários de cães acometidos, ensinando a borrifar com piretróides a área em torno dos domicílios. Depois, analisando relatórios da Secretaria de Saúde desde 1993, pudemos comprovar nas estatísticas relativas à incidência de leishmaniose em Belo Horizonte que os casos só aumentavam, mesmo com o sacrifício dos cães positivos. E agora, recentemente, a partir de agosto de 97, os clínicos, impotentes e desgastados de tanto sacrificar cães sob orientação do Serviço Municipal de Controle de Zoonoses, resolveram adotar os mesmos procedimentos e protocolos de tratamento realizados na costa do Mediterrâneo. A saída era priorizar um trabalho de atualização em relação ao calazar. Conhecer a experiência do exterior foi uma das iniciativas adotadas pela Anclivepa-MG a fim de encontrar uma alternativa à eutanásia dos cães. Para isso, a entidade convidou a professora e pesquisadora Guadalupe Miró, da Faculdade de Madri, que trouxe novos conceitos nesta área.
- Com o protocolo utilizado em países como Espanha, Portugal, Itália e França, os médicos veterinários daqui têm conseguido bons resultados com a melhora clínica do cão e a satisfação dos proprietários dos animais. É um controle que permite iniciar o tratamento, evitando o sacrifício e prolongando a sobrevida do animal afetado em até seis anos. É claro que isso só será possível se o resultado dos exames mostrar que a lesão hepática ou renal não compromete o tratamento.
-Os exames são, segundo Werkhauser, fundamentais para o tratamento. O presidente da Anclivepa-MG lembra: a literatura cita que 50 a 60% dos cães positivos são assintomáticos. Ò Este é um dos pontos de estrangulamento do controleÓ, acrescenta.Os exames sorológicos são prioritários, e entre eles destacam-se a imunofluorescência, fixação de complemento e elisa. Somente os exames sorológicos nos permitem diagnosticar se o cão está parasitado. Há ainda os exames parasitológicos, punção de medula para histologia e biópsia de pele. Também estamos realizando prova de função hepática e renal, além do hemograma e proteinograma finaliza.
Cão no início dos sintomas, com queda de pelo na região do focinho, ao redor dos olhos e orelha com descamação Queda de pelo generalizada, com feridas, na fase mais adiantada do Calazar.
Crescimento das unhas devido à letargia. Macrófago estremamente parasitado
Medidas de Prevenção para o Homem
(Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Controle de Endemias)
Pelo fato de serem zoonoses primitivas das florestas, há dificuldades em aplicar contra as leishmanioses medidas preventivas utilizáveis em relação a outras doenças transmitidas por vetores. Na maior parte das áreas endêmicas, onde se observa o padrão clássico de transmissão, pouco pode ser feito no momento em relação à profilaxia da doença, dada a impossibilidade de se atuar sobre as fontes silvestres de infeção. No entanto,algumas medidas devem ser adotadas, tais como:
- medidas clínicas, diagnóstico precoce e tratamento. A partir dos sintomas, o homem deve ser submetido a exames e tratamento adequado.
- medidas de proteção individual. São meios mecânicos como uso de mosquiteiros simples, telas finas em portas e janelas, evitar a frequência na mata, principalmente no horário noturno, a partir do anoitecer (crepúsculo) sem o uso de roupas adequadas, boné, camisas de manga comprida, calças compridas e botas, além do uso de repelentes.
- medidas educativas. As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todos os serviços que desenvolvem ações de controle, requerendo o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e multiinstitucionais com vistas ao trabalho articulado nas diferentes unidades de prestação de serviço.
Medidas de Controle
Uma vez efetuada a delimitação da área de foco, definido como espaço de transmissão que poderá ser o local de residência, local de trabalho ou área para onde o paciente tenha se deslocado e em que existam fatores condicionantes de transmissão, isto é, o relacionamento da população humana local com flebotomíneos transmissores em áreas onde houve modificação do ambiente natural e onde haja sido detectado um ou mais casos autóctones, pode-se realizar o Controle Químico.
Para tanto, no Estado de São Paulo observa-se a ocorrência das seguintes condições:
*transmissão domiciliar - ocorrência de 2 ou mais casos na área de foco no período de 6 meses.
*Utilizam-se então inseticidas de ação residual: piretróides Deltametrina SC ou CE 2,5%
(200 ml produto para 8 litros de solvente) ou Deltametrina SC 5,0% (100 ml produto para 8 litros de solvente).1 ciclo de borrifação, em todas as unidades domiciliares da área delimitada, teto ao chão e beirais.repetição de novo ciclo a cada 6 meses (até completar 6 meses), na condição de ocorrência de novos casos.
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O que você pode fazer?
A Leishmaniose no ser humano tem tratamento, apesar de ser diferente daquele que é aplicado aos cães. Assim que algum cão for constatado ser portador da doença temos que informar o Centro de Controle de Zoonose .No entanto, ninguém nos tira o direito de ter um parecer de nosso veterinário de confiança. Se a eutanásia for inevitável, que seja feita de maneira humanitária, por injeçao intra-venosa, pelo Veterinário que nós escolhermos.
NAO ENTREGUE SEU CÃO PARA O CENTRO DE ZOONOSES!
LEVE-O AO VETERINÁRIO PARA QUE ELE DÊ O DIAGNÓSTICO FINAL!!
TEMOS QUE EXIGIR MEDIDAS PROFILÁTICAS!! QUE COMBATAM O MOSQUITO!! É UM ABSURDO O QUE VEM ACONTECENDO! SE A DOENÇA SE ALASTRAR O PRÓXIMO CÃO PODE SER O SEU!
OS ANIMAIS AGRADECEM
fonte: site Vet News seção Pequenos Animais
Coccidiose
Trata-se de uma infecção intestinal caudada por Isospora canis em cães e Isospora felis em gatos que afecta sobretudo animais juvenis.
Os sinais incluem a diarréia líquida, por vezes com vestígios de sangue podendo provocar atrasos de crescimento. O tempo de incubação da doença é de aproximadamente 13 dias.
Numerosos oocistos (ovos) são libertados nas fezes de animais infectados provocando a contaminação ambiental sendo responsável pela infecção de outros animais e pela reinfecção do hospedeiro original. A coccidiose é altamente contagiosa e o seu agente é muito resistente à maior parte dos desinfectantes usados regularmente, pelo que pode ser um problema em canis e lojas de animais. Assim, para a sua prevenção, devem ser respeitadas regras de higiene bastante rigorosas evitando qua a comida e a água se misturem com fezes de cachorros e usando vaporizadores de água, ou soluções de amónia para desinfectar as instalações. O diagnóstico é feito através de uma análise às fezes onde é possível detectar os ovos característicos da coccidiose. O tratamento inclui a administração de antibióticos, podendo alguns casos requere a hospitalização para reverter situações de desidratação.
O prognóstico é geralmente bom e a coccidiose animal não é contagiosa para as pessoas.
Com a denominação acima são nomeadas as doenças parasitárias causadas por protozoários da ordem Coccidia. Nessa ordem zoológica destacam-se aqueles pertencentes ao gênero Eiméria ou Isospora, por serem parasitas tanto de animais domésticos como selvagens, causando-lhes enfermidades persistentes e tenazes principalmente quando criados em confinamento como é o caso de granjas ou parques zoológicos.
Contágio e patogenia da doença
Um determinado animal doente e infestado pela coccidia, ao defecar eliminará juntamente com suas fezes no terreno em que esteja alojado juntamente com suas fezes os chamados oocistos que são as formas de resistência do parasita, estes por suja vez determinando contaminação tanto do solo quanto da água de bebida, esta em geral disposta no mesmo local. Quanto menor a higiene do local, tanto maior o perigo de contágio para outros animais no mesmo local, tanto atraves da água de bebida ou ração, ou mesmo o próprio pasto servido e a disposição dos animais no local da criação. Outro fator importante nesse contagio, é a superpopulação de uma determinada área criatória, que exerce simultaneamente maior probabilidade de contagio entre esses mesmos animais nesse local alojados.
Os próprios filhotes de uma determinada fêmea, no ato de mamarem em sua própria mãe podem se contaminar com o parasita, pelo ato de ao sugar as mamas também as lambem, e caso as mesmas contaminadas por oocistos serão os mesmos ingeridos vindo a lhes causar também infestação e no caso, por serem ainda jovens, a doença se revestirá de maior gravidade.
Simultaneamente com o parasitismo são secretadas toxinas pelas coccidias , determinantes pelas vias hemáticas ou linfáticas dos chamados fenômenos complementares de intoxicação ou sensibilidade do animal, que se traduzem por coceiras ou sintomas mais severos e graves.
O diagnóstico da doença é feito por exame de fezes dos animais suspeitos, mediante técnica especial para pesquisa de protozoários. Porém, o exame clínico efetuado por profissional veterinário competente , é que avaliará ao mesmo tempo o estado geral dos animais da criação, seu estado geral e condições alimentares e de manejo, além da eliminação de outras possíveis moléstias que possam estar presentes concomitantemente, é o meio confirmatório do parasitismo na criação.
Além de mais de uma centena de espécies parasitas de Gansos, Marrecos, Patos, Faisã , Pombos e outras aves silvestres.
Dr. Carmello Liberato Thadei ( Médico Veterinário)
Receita contra carrapatos
Solução de erva cidreira
A erva-cidreira também é chamada de capim limão ou capim cidreira.
A sua eficácia é comprovada. Não sei, ao certo, qual a função da erva-cidreira, porém o álcool é utilizado para extrair a substância ativa da erva-cidreira e servir como veículo da solução. Já o sal tem a função de secar o carrapato, matando-o.
COMPONENTES DA FORMULA
1 litro de álcool
Erva-cidreira picada numa quantidade que ocupe 1/2 litro daquele álcool.
5 colheres de sal de cozinha
10 litros de água
MODO DE PREPARAR
Coloque a erva cidreira picada de modo a que ocupe 1/2 litro deste álcool, de forma a sobrar os outros 1/2 litro. Pode deixar tudo num frasco fechado por 24horas. Essa sobra do álcool é para que a erva cidreira não absorva todo ele. No dia seguinte é só misturar em 10 litros de água e 5 colheres de sal de cozinha e pulverizar os animais, 2 vezes por semana.
FORMA DE UTILIZAÇÃO
Pode ser usado de qualquer forma conhecida: pulverização, banho etc.
CONTRA-INDICAÇÃ O
Não tem contra indicação
EFEITO
Morte do carrapato. Ele "secam" em horas.
Dicas de primeiros-socorros para cães e gatos
Queimaduras
Em caso de queimadura por fogo, Denise orienta que o dono abafe as chamas com o auxílio de cobertores. Em seguida, devem ser colocadas compressas frias no local queimado. Jamais aplique pomadas ou pasta de dente na queimadura e encaminhe o animal rapidamente para o veterinário, com uma toalha molhada no local na queimadura. É importante que o dono não tente remover a pele queimada sozinho.
Choque elétrico
Choques elétricos são comuns, principalmente em época de natal, por conta das luzes que enfeitam as casas. Em caso de choque, não toque no animal para não levar um choque também. Se possível, tire o fio da tomada ou utilize um pedaço de madeira para afastar o animal do local do choque. Não dê nenhum medicamento ao cão ou gato e o encaminhe a um veterinário.
Plantas
A ingestão de algumas espécies de plantas pode causar irritação na mucosa dos animais. Quando ocorrem acidentes como esse, o dono não deve provocar o vômito no animal e nem dar medicamentos. Caso o animal esteja salivando, a orientação é dar água e lavar a boca do animal com água corrente. Ao levar seu pet para o veterinário, não se esqueça de levar a planta que causou irritação para facilitar o diagnóstico.
Produtos químicos
Lesões por produto de limpeza que caem sobre o animal podem causar queimaduras. Nesse caso, lave o local com água corrente fria por cerca de 15 minutos. Se o produto cair no olho do animal, o dono deve lavar o local com água corrente e solução fisiológica. Produtos em pó devem ser protegidos dos olhos, fucinho e boca do animal, e a maior parte possível do produto deve ser retirada pelo dono com um pano. Para agentes em pó, não molhe a boca do animal para evitar a absorção do produto e encaminhe o pet ao veterinário.
Medicamentos
Em caso de ingestão de qualquer tipo de medicamento, o dono deve levar o animal para veterinário o mais rápido possível, junto com a caixa do produto.
Chocolate
O consumo de chocolate, segundo especialistas, pode intoxicar o animal mesmo em pequenas quantidades - chocolate meio-amargo apresenta maior concentração da substância que pode intoxicar. Portanto, evite dar chocolate ao seu cão. Caso o animal coma o alimento e fique agitado ou tenha vômitos, ele deve ser levado para o veterinário imediatamente.
Picada de inseto
Em caso de picada de inseto, o local deve receber compressa fria e com gelo para diminuir a absorção do veneno do inseto. É importante não dar medicamento, nem tentar arrancar o ferrão. O animal deve ser levado ao veterinário.
Lembre-se: não basta vacinar o seu cão apenas quando ele ainda é um filhote. É preciso renovar a proteção do animal para que seu bichinho não fique vulnerável às doenças.
Veja abaixo quando cada vacina deve ser aplicada.
Múltipla (V8 e V10)
É uma vacina muito importante. Protege contra doenças como:
- Cinomose: um vírus que causa inicialmente diarréia, vômito e falta de apetite. Quando evolui para o pulmão, pode causar pneumonia. A última etapa é a fase neurológica, que causa convulsões e alterações neurológicas, como tiques e espasmos. Pode ser fatal
- Parvovirose: um vírus que causa crises de diarréia e de vômito muito intensas, com perda de sangue. Como destrói agressivamente a camada interna do intestino, os animais desidratam e acabam morrendo rapidamente
- Leptospirose: é causada por água contaminada. Os sintomas são emagrecimento, vômito e diarréia. A urina pode ficar mais escura
- Hepatite: causada por vírus. Entre os sintomas estão vômito, diarréia e aspecto amarelada na pele, na mucosa da boca e nos olhos
- Coronavírus: causa diarréia
- Adenovírus: pode causar infecções intestinais brandas
- Influenza: é como o vírus da gripe e causa problemas respiratórios
Primeira dose: quando o animal tem cerca de 45 dias de vida
Outras doses: aos 75 e aos 105 dias
Reposição: um ano depois da terceira dose e anualmente até o fim da vida do animal
Giárdia
A vacina protege contra a giárdia, causada por um protozoário. Ela pode ser transmitida do animal para o homem e vice-versa. Pode ser contraída por ingestão de água contaminada ou por meio de contato com as fezes de outro cão ou gato. Com a vacina, o animal pode até se infectar, mas não desenvolve a doença nem contamina o ambiente. Os sintomas são infecção gástrica e de intestino, vômito e diarréia
Primeira dose: a partir dos 45 dias
Outra dose: 30 dias depois da primeira
Reposição: uma vez por ano
Traquibronquite
É causada por uma bactéria. Ocasiona inflamação da traquéia, atinge os brônquios e pode levar à pneumonia. É infecciosa, conhecida como "tosse dos canis". Quando há um cão doente, todos os outros que convivem com ele podem pegar a doença. Cachorros doentes podem ter queda na resistência, o que pode causar ainda outros problemas. Há dois tipos de vacina: a líqüida, que se aplica dentro do nariz, e a injetável
Primeira dose: quando o animal ainda é um filhote
Outra dose: a intranasal tem aplicação única. A injetável deve ser reaplicada após 30 dias
Reposição: é injetável e feita uma vez por ano
Raiva
A vacina contra a doença é exigida por lei. Todo animal precisa tomar anualmente
Primeira dose: a partir dos 4 meses de vida
Reposição: todos os anos
Importante
- Nenhuma vacina pode provocar vômito e diarréia
- Os sintomas são, em geral, dores no local. Febre e mal-estar podem acontecer em alguns casos
- Se o animal tiver outro sintoma, leve-o ao veterinário. Ele pode estar manifestando uma doença que já estava incubada
- Reações alérgicas podem acontecer. Os sintomas são rosto inchado e coceira
- Quando o animal ainda é filhote, é preciso esperar ao menos uma semana, após a última dose, para expor o cão ao convívio com outros bichos. Esse é o tempo necessário para que a vacina faça efeito
Fontes: Paulo Sergio Salzo, veterinário de pequenos animais da Universidade Metodista de São Paulo, e Fernanda Fragata, veterinária do Hospital Sena Madureira.
O Olfato
Logo após três ou quatro minutos do nascimento, com os olhos e os ouvidos ainda fechados, os filhotes de cães conseguem, pelo faro, encontrar as tetas da mãe sem que ninguém lhes tenha ensinado. Pela seqüência, os ouvidos, abrem-se após alguns dias e o cachorro começa a se familiarizar com os sons ambientes. Aos dez para doze dias abrem-se os olhos.
Os mamíferos em geral dispõem de cinco órgãos dos sentidos: tato, olfato, paladar, audição e visão. Eles são utilizados para caçar, perceber a presença do inimigo, procurar alimentos, encontrar a fêmea para o acasalamento, etc.
Assim, a forma com que os cães se comportam depende da maneira como eles percebem o mundo e para isso, utilizam os sentidos.
Apesar de apresentarem os mesmos sentidos que os humanos, esta percepção é diferente entre homens e cães, variando, inclusive a ordem de importância destes cinco sentidos na vida de cada um. Abaixo falaremos um pouco sobre os sentidos dos cães. Assim, você poderá entender mais sobre o universo canino sabendo como respeitar suas diferenças.
O olfato é o sentido mais importante nos cães. Eles são capazes de detectar cerca de um milhão de odores. Enquanto os humanos utilizam a visão para se guiar, os cães utilizam o olfato para esta função.
O olfato auxilia no contato entre mãe e filho, na identificação de situações de perigo, no reconhecimento de fêmeas no cio, na busca e no reconhecimento dos alimentos. O olfato pode ser utilizado em combinação com o paladar para determinar o sabor dos alimentos na boca. Isto é facilmente verificado quando estamos resfriados ou quando tapamos o nariz.
Assim como o cérebro humano é estruturado para aprender línguas, grande parte do cérebro do cão é voltado para a interpretação de odores.
Pelo olfato os cães conseguem detectar um conjunto muito grande de animais de sua espécie, através dos odores liberados junto da urina e fezes de outros animais. As fezes, por sua vez, trazem muito mais informações que a urina, explicitando o seu status dentro de sua matilha e seu nível de segurança. E quanto maior a quantidade de marcas deixadas por um cão, mais poderosa é a sua posição na sociedade canina. Assim, cães tímidos e medrosos costumam colocar “o rabo entre as pernas” como forma de esconder informações sobre seu papel dentro da matilha.
Os cães possuem narinas móveis e utilizam o “farejamento” que facilitam a capacidade de percepção dos odores.
Muitos cães farejadores vêm sendo treinados para auxiliar os homens em diversas tarefas, como encontrar drogas e pessoas desaparecidas.
A sensibilidade aos odores é influenciada pela genética, havendo variações entre as diversas raças. A raça Bloodhound é considerada a de melhor olfato, possuindo mais de 200 milhões de células olfativas.
O encurtamento do crânio dos animais braquicefálicos, como o bulldog, cria um obstáculo à circulação do ar, diminuindo a capacidade olfativa nestas raças.
Cães de mucosa escura possuem uma melhor capacidade olfativa. Da mesma forma, o sexo e a idade também se relacionam com a capacidade olfativa, sendo que, as fêmeas são mais sensíveis aos odores que os machos, e animais idosos têm menor capacidade de olfação.
Dra Valéria Barbieri
Médica Veterinária
Sarnas Demodécicas
Os chamados ectoparasitas como são denominadas aquelas espécies animais que parasitam a superfície cutânea de outros animais, como são as sarnas em geral , apresentam um grupo de espécies pertencentes ao gênero DEMODEX, que por suas particularidades próprias merecem ser tratados a parte das demais sarnas.
São estes ácaros, assim chamados por pertencerem a classe ACARINA do philum zoológico ARACHNOIDEA, de tamanho pequeno, situados no limite da visão humana com a vista desarmada, pois medem em torno de 100 micra (micra é plural de micron, e este mede a milésima parte de um milímetro). Assim sendo, para serem facilmente visualizados, é necessária a utilização de lentes ou melhor ainda do microscópio ótico.
Entre as mais de 15.000 espécies desse grupo, em sua maior parte parasitas, destaca-se o DEMODEX CANIS, que por parasitar o nosso amigo cão será por mim tratado particularmente. Vive esse parasita no folícolo piloso de outros animais mamíferos e raramente nas glândulas sebáceas adjacentes aos pêlos, onde só penetram nas infestações mais graves. Localizam-se quase sempre na raiz do pêlo, só abandonando essa localização após multiplicação intensa. Seus movimentos são lentos, irregulares e realizam-se com ajuda das suas patas atrofiadas em número se oito, por esse motivo (oito patas) são denominados octópodes. Entre 17 e 26 graus centígrados sua movimentação praticamente cessa, embora não pereçam, tornando-se intensa em torno de 40 graus.
A transmissão desses parasitas processa-se por contato tanto direto quanto indireto, bastando que um animal parasitado tenha contato com outro suscetível, como outro cão ou mesmo outras espécies animais como bovinos, eqüinos, caprinos, ovinos e mesmo espécies exóticas desde que mamíferas. É importante assinalar-se que o homem embora preencha essas mesmas condições de parasitismo, não foi ainda descrito como parasitado por esse ácaro. É, no entretanto, o homem, parasitado pelo primo desse parasita, o chamado "Demodex foliculorum", que no homem causa apenas efeito antiestético, constituindo o chamado cravo cutâneo.
Voltando ao Demodex canis: sua propagação é lenta na pele do animal parasitado, porém em casos especiais de invasão maciça, podem esses ácaros parasitas atacarem toda superfície corporal ao fim de poucas semanas. Geralmente de início não ocorre prurido (coceira), sendo esta presente quando a pele venha a apresentar-se também inflamada em decorrência do próprio parasitismo, exibindo então o animal forte coceira.
Clinicamente são descritas duas formas de parasitismo; A chamada forma escamosa ou crostosa, e a chamada pustulosa. Seus próprios nomes dão idéia dessas formas clínicas, porém, na realidade, esta última é a evolução natural do parasitismo anterior quando não devidamente tratado. Nesta última, aparecem infecções secundárias por germes de supuração, os quais preparam o caminho para a sucessiva propagação do mal às áreas de pele ainda não parasitadas do hospedeiro. Como parece ser o principal interesse de todos, saber mais a respeito dos diversos tratamentos para esse parasitismo, vou fazer um rápido retrospecto histórico de sua evolução no tempo.
Como já ressaltei quando tratei das sarnas em geral, o primeiro medicamente utilizado para esse mal, foi o enxofre, na histórica pomada de Helmerich.
Descobriu-se posteriormente, que o mesmo enxofre em sua forma nascente tinha ação mais intensa sobre o parasita, debelando o mal mais rapidamente, sendo então utilizadas as seguintes fórmulas farmacêuticas: Aplicação inicialmente sobre as áreas da pele parasitadas de uma solução a 40 % de Hipossulfito de sódio, e em seguida uma segunda solução (diluída, portanto fraca), de Ácido clorídrico a apenas 4 %. Aqueles experts em química já terão deduzido, que o ácido clorídrico entrando em contato já na pele do animal, resultante da primeira aplicação com o hipossulfito, formar-se-ia o almejado enxofre nascente, e este, pela sua ação anti-parasitária , vindo a matar a sarna.
Mais tarde descobriu-se o Benzoato de Benzila, que juntamente com a pomada de Helmerich e as soluções anteriores são ainda utilizadas para tratar as sarnas, porém deve ser realçado que para as sarnas demodécicas são esses medicamentos praticamente nulos. São os mesmos eficientes contra as demais sarnas, como a própria Escabiose humana e animal, porém contra o demodex suas ações são nulas.
Fui aluno de um saudoso professor em meu curso universitário na USP, na cadeira de Parasitologia, em que o catedrático ilustre: Dr. Zeferino Váz, que mais tarde implantou duas famosas escolas superiores no Brasil (A Faculdade de Medecina da USP de Ribeirão Preto, e a UNICAMP), tinha esse professor catedrático, um assistente: Dr. Décio Malheiros, que trabalhou com sucesso no tratamento dessa demodicose, pois é esse o nome dessa parasitose. Utilizava esse professor o oleo de Castanha de Cajú nesse tratamento. Acredito eu, que a castanha de cajú se tem algum efeito sobre o parasita, esse é quase nulo, sendo a melhora decorrente desse tratamento, repito: dedução minha e não do professor Décio, era mais pela impermeabilização olea da pele do animal, do que propriamente por ação da castanha de caju.
Dr. Carmello Liberato Thadei-
Médico veterinário - crmv-sp-0442
Seu animal pode estar sendo envenenado por você
1. É verdade que o chocolate faz mal para os animais?
SIM- Chocolate contém cafeína, teobromina e altos níveis de gordura. De acordo com a American Society for the Prevention of Cruelty to Animals (ASPCA), mesmo uma pequena quantidade de chocolate pode causar problemas clínicos, que vão de vômito e diarréia a problemas respiratórios, sede e urinação excessiva, hiperatividade alteração do ritmo cardíaco, tremores, convulsões, coma e morte. A toxidade do chocolate varia conforme o tipo. Chocolate semi amargo e chocolate de confeitaria possuem altas doses de cafeína e teobromina, o que aumenta drasticamente a toxidade. O chocolate preto costuma causar mais problemas que o branco.
2. Uvas e passas são recomendadas no tratamento da obesidade animal?
NÃO- Muito embora uvas e passas sejam alternativas saudáveis aos lanches humanos, elas são potencialmente fatais para os cães. Essas frutas contêm uma toxina desconhecida que pode provocar falência renal. Caso seu animal tenha o costume de ingerir uvas ou passas procure o seu veterinário para um exame.
3. Existe algum efeito colateral no ato de alimentar meu animal diariamente com leite e seus derivados?
SIM- Como os humanos que têm intolerância à lactose, os animais também podem apresentar problemas pela ingestão de leite e derivados. Alguns gatos e cachorros adultos sofrem carência de lactase, enzima que quebra a lactose do leite. Diarréia e mal estar gástrico são comuns. Caso seu animal mostre sinais de diarréia ou vômito depois de consumir leite ou derivados, suspenda os produtos. Se não houver melhora, consulte seu veterinário.
4. É verdade que não faz mal meu animal tomar água do vaso sanitário?
SIM- Beber a água do vaso sanitário não é recomendável. Entretanto, se a água estiver limpa e não for utilizado nenhum produto desinfetante ou desodorizante no vaso sanitário, não deve fazer mal ao seu animal de estimação. Colocar uma bacia de água limpa e fresca, trocada diariamente e manter a tampa do vaso fechada evitará que seu animal procure água em locais incomuns.
5. O fumo passivo faz mal aos animais?
SIM- A fumaça do tabaco contém mais de 4000 componentes químicos, 42 dos quais são conhecidos cancerígenos. Estudos recentes mostram que a exposição dos animais à fumaça do fumo aumenta o risco de problemas cardíacos, câncer de pulmão e de outros órgãos, da mesma forma que nos humanos. Cães de focinho comprido ainda têm grande risco de sofrer câncer nos seios da face e no nariz, pois expõem mais mucosa aos carcinogênicos durante a inalação. Os químicos do cigarro permanecem no corpo do cão por muito tempo. De fato, meses depois da exposição ainda são encontrados sinais dos carcinogênicos no pêlo e na urina do cão. Gatos expostos ao fumo passivo têm aumentada a possibilidade de desenvolver carcinoma, provavelmente porque os carcinogênicos da fumaça do cigarro fiquem no pelo do animal, sendo ingeridos no ato de se limpar do gato.Outros problemas também podem ocorrer. Assim como em humanos, os animais podem desenvolver infecções respiratórias, inflamação do pulmão e asma devido ao fumo passivo.
6. Posso dar ibuprofeno ou paracetamol ao meu animal quando ele estiver com dor?
NÃO- Muitos remédios humanos para dor, como ibuprofeno e paracetamol são tóxicos para os animais. Dar analgésicos humanos para seu animal pode provocar sérios problemas de saúde, inclusive a morte. Um comprimido de paracetamol de 500 mg pode matar um gato de 3 kg. Você deve consultar um veterinário antes de ministrar QUALQUER remédio para seu animal de estimação.
7. É verdade que cebola e alho podem fazer mal aos meus animais?
SIM- Estes vegetais contêm sulfoxides e disulfides, que podem danificar as células vermelhas do sangue, causando anemia em cães e gatos, muito embora os gatos se mostrem mais suscetíveis a este problema. Alimentos industrializados para bebês também podem ser tóxicos, pois possuem cebola em pó. Como a cebola e o alho são muito comuns na dieta humana, recomenda-se cautela quando usar comida humana para alimentar animais. Os problemas podem começar a se desenvolver nas primeiras 24 horas, mas só serão perceptíveis depois de dias. Contate o seu veterinário caso seu animal tenha ingerido quantidades significativas desses vegetais.
Fonte: www.sosdogs.we.bs/informacoes.html
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 04/11/2009 às 01h43
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