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17/10/2008 10h51
Greve gera confronto entre polícias e tensão permanece
17/10/2008 - Polícia- Jornal da Cidade (Bauru)
Greve gera confronto
entre polícias e
tensão permanece
 
“Estamos revoltados”. “É guerra”. “A Polícia Militar não é bem-vinda”. Essas frases eram repetidas por policiais civis em greve em frente do Plantão Policial de Bauru na noite de ontem. Indignados com o confronto entre policiais militares e colegas na Capital durante passeata por reajuste salarial na tarde de ontem, escrivães, carcereiros, investigadores e delegados de Bauru se concentraram no Plantão Policial e praticamente fecharam a unidade. De acordo com o delegado Samuel Sganzela, somente ocorrências muito graves seriam registradas.

Três viaturas Blazer - duas do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) e uma da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) - foram estacionadas em frente ao Plantão, no local onde as viaturas da PM costumam ser estacionadas para apresentação de ocorrências. Um dos policiais civis carregava uma metralhadora. Outro, bombas de efeito moral na cintura.

Pessoas que procuraram a Polícia Civil para registrar alguma queixa eram orientadas sobre a situação e mandadas embora. Com o clima de hostilidade, policiais militares praticamente não chegavam nem na calçada do Plantão Policial.

Por volta da meia-noite, um comboio de carros de policiais civis iria até as proximidades de Lençóis Paulista aguardar os dois ônibus com colegas que saíram de Bauru e região para participar da manifestação na Capital. “Vamos acompanhar os guerreiros”, disse um policial. Dois ônibus lotados saíram da cidade para participar da passeata em São Paulo. Ao todo foram 90 pessoas.

Sganzela, o delegado de plantão ontem à noite, informou que seguiria a cartilha da greve de forma rígida. “Registrar somente ocorrências muito graves, como flagrantes, captura de procurados e remoção de cadáver”, pontuou.

O advogado Dirceu Carneiro Júnior procurou o Plantão para registrar uma movimentação irregular em sua conta bancária. Ele afirmou ter sido vítima de clonagem de cartão. “Percebi hoje (ontem) quando tirei extrato”. Informado pelos policiais sobre a greve, teve que ir embora. Ele informou que a sua área de atuação é sindical e reconhece o direito dos policiais de entrar em greve, mas também pondera que deveria haver alguma alternativa para quem precisa do serviço.

A greve dos policiais civis já dura mais de um mês em Bauru. Na cidade, os manifestantes fizeram atos como passeatas e enterros simbólicos. No início de outubro, comerciantes do Calçadão baixaram as portas de seus estabelecimentos em apoio ao movimento. Ontem, foi a 5.ª manifestação da categoria na Capital. Todas tinham sido pacíficas até então.

Em Bauru, assim como no restante do Estado, a PM estava em estado de prontidão. Segundo informações do 4.º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI-4), esse é o procedimento padrão em casos de situação crítica, como a de ontem por causa do confronto.
 
Lígia Ligabue
Publicado por Akasha De Lioncourt
em 17/10/2008 às 10h51
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