Epitáfio
Aqui jaz um amor não correspondido,
Iludido, enganado, ludibriado.
Era puro, fruto de um coração machucado,
Que mantinha a esperança de amar e ser feliz.
Pede-se não chorar, muito menos lamentar,
Pois todas as lágrimas já foram derramadas.
Não é necessário que se vele o “de cujus”,
Ao contrário, pede-se que se festeje com luzes e cores,
Pois o coração que esse amor aprisionava
Transformou o luto num dia da Liberdade
Nada de coroas, choro, velas ou lamentos,
Pois abrir mão desse amor aliviou-me o peito.
Foi a quebra dos pesados grilhões, oh, maravilha,
Que por pouco não assassinaram minh’alma.
Hoje, respiro, sei que o novo ar não é letal,
Mas, fonte de vida, de alegria, de beleza.
Pois amor que não é correspondido é muito cruel,
Tem que ser bilateral, pra assim trazer alegria.
Aqui jaz um amor não realizado,
Não mais choro por ele, mas me regozijo,
Se houveram lágrimas, já estão esgotadas.
Pois amei alguém que sequer existia...
Sigo feliz, em paz, e querendo muita vida,
Meu Epitáfio lhes dirá quem fui, um dia!!!!
(16/07/2004 – 16:00 horas).
Enviado por Akasha De Lioncourt em 07/04/2006