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17/10/2008 11h13
Policiais civis mantêm greve em SP; confronto com PM deixa 23 feridos
16/10/2008 - 22h33

Policiais civis mantêm greve em SP; confronto com PM deixa 23 feridos

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Colaboração para a Folha Online

Depois do confronto com a Polícia Militar durante manifestação na tarde desta quinta-feira, lideranças dos policiais civis em greve afirmaram que a paralisação da categoria no Estado de São Paulo vai continuar. "Mais do que nunca, agora a greve vai continuar", disse o presidente do Sindicato dos Investigadores de São Paulo, João Rebouças. O confronto deixou ao menos 23 pessoas feridas.

Os policiais civis entraram em confronto com a PM nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual paulista. A intenção dos policiais civis --em greve há um mês-- era pressionar o governo a retomar as negociações e, para isso, pretendiam ser recebidos pelo governador José Serra (PSDB).

Leandro Moraes/Folha Imagem
Policiais militares usam bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar policiais civis grevistas durante manifestação em SP
Policiais militares usam bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar policiais civis grevistas durante manifestação em SP

A ordem recebida pela Polícia Militar era impedir que a passeata --com cerca de 2.000 policiais-- se aproximasse da sede do governo. A marcha dos grevistas era escoltada por dois grupos de elite da própria Polícia Civil --GOE (Grupo de Operações Especiais) e Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos).

Motivação

O governador José Serra (PSDB) afirmou que a manifestação dos policiais civis teve motivação polítíco-eleitoral. "Nessa manifestação estiveram cerca de mil pessoas, e a Polícia Civil tem 35 mil efetivos. Portanto trata-se de minoria. Mais ainda, nem todos que estão na manifestação são da Polícia Civil. Tem CUT, Força Sindical, outros sindicatos, partidos políticos, deputados de outros partidos, todos chamando [participantes] para a manifestação, com uso claramente político-eleitoral", disse.

As afirmações do governador foram rechaçadas por lideranças dos manifestantes. O delegado André Dahmer, diretor da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado de São Paulo), culpou o governo do Estado pelo confronto. "Nós não queremos guerra. O governo não quer diálogo. Ele [governo] quer guerra."

O presidente do Sindicato da Polícia Civil de Campinas e região, Aparecido de Carvalho, também acusou o governo estadual pelo confronto. "É uma irresponsabilidade sem tamanho um governador, que se diz democrático, sabendo que homens armados vêm reivindicar salários e dignidade, colocar a PM, que é uma co-irmã, armada, correndo todos os riscos. O saldo disso poderiam ser diversas mortes de policiais."

Saldo

No choque entre policiais civis e PMs foram usadas bombas de efeito moral (gás lacrimogêneo), balas de borracha e a cavalaria para conter os policiais grevistas. O confronto danificou viaturas da Polícia Militar, do GOE e do Garra e deixou ao menos 23 feridos.

Treze vítimas foram levadas para o hospital Albert Einstein, próximo ao local do protesto; cinco foram atendidas no hospital Itacolomy Butantã e outras cinco na unidade Morumbi do hospital São Luiz.

A assessoria do Albert Einstein informou que todos os feridos apresentam quadro de saúde estável e que cinco deles já foram liberados. O Itacolomy informou que três dos cinco atendidos foram liberados; e, segundo o São Luiz, um dos pacientes, com fratura exposta em um dos dedos da mão direita, foi transferido para o hospital São Leopoldo. Outra vítima atendida no São Luiz sofreu queimaduras de terceiro grau na região abdominal.

Impasse

As negociações entre grevistas e governo entraram em um impasse no dia 9 de outubro, quando um acordo parecia estar próximo. Na ocasião, lideranças dos policiais e representantes do governo se reuniram para buscar um consenso.

Uma proposta feita informalmente pelo governo acenava com reajuste salarial de 6,2%, extinção da 4ª e 5ª classe e a redução de três para dois níveis de salários adicionais. Os grevistas apresentaram uma contraproposta durante a reunião, que não foi aceita pelo governo. Desde então, o diálogo foi rompido.

Publicado por Akasha De Lioncourt
em 17/10/2008 às 11h13
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